quinta-feira, 31 de março de 2011

FURTO DE CELULAR CRESCE PARA CONSUMO DE DROGAS



Mais uma vítima de furto de celular na Cidade de Nova Redenção no interior da Bahia, desta vez foi o empresário Zelton Alves que teve o seu celular furtado por um sujeito de vulgo Rafa neto da senhora Pureza que adentrou a sua residência nesta quinta-feira 31 de março e levou o seu aparelho. O sujeito já é a segunda vez que faz furto  na casa. A primeira vez foi furtado 100,00 (cem reais) mas foi recuperado por conta da vítima e como é dono de uma pequena pousada e bar o Rafa voltou a freqüentar o seu ambiente e hoje praticou este furto. Foi conduzida a delegacia local pelos policiais Luis Otávio e Genivaldo, ficando detido lá por 3 horas e liberado sem entregar o celular,  ficando a vitima no prejuizo.

JOVENS DO INTERIOR DA BAHIA CADA VEZ MAIS NO CAMINHO DO CRIME


Por Zelton Alves

   A criminalidade está crescendo a  cada momento entre os jovens. Por conta do descaso  da segurança publica  e das Leis que estão em vigor atualmente no Brasil,  o cidadão hoje passa por momentos difíceis, se privando até dentro da sua própria casa para não ser morto, assaltado, estuprado e envergonhado perante a sociedade. Presenciamos cenas que não dar para acreditar que estar se passando. Estes jovens de agora, a maioria  nós não podemos nem se quer dar um Oi, devido o mau que eles têm dentro da cabeça, só maquinam ciladas, coisas ruim contra o seu próximo. Para nós que moramos no interior, em cidades pequenas, a Cada dia  cresce a marginalidade , pois eles vem de outras cidades mais avançadas, aprendem  o mau e aí quando se sentem coagidos na cidade grande fogem para nossas cidades infestando aqueles jovens inocentes com tudo de ruim que sabem, como: uso de drogas, assassinatos, assaltos , estupros ,  furtos, tráficos  e muito mais . O trabalho e o estudo não querem nem saber, os pais ficam paralisados perante a situação que se encontra sem poder corrigir o filho como deveria, (como outrora) com medo de represália da JUSTIÇA e dos próprios grupos criminosos formados a cada dia.
Perderam o contato prazeroso que tinha sobre seu filho, entregando-o para  um traficante assassino.
 Este relato é simplesmente um desabafo de uma pessoa que faz de tudo para ser feliz perante a (sociedade)  uma comunidade.E as Leis criadas  até o momento só protegem  os marginais, deixando o pobre cidadão trabalhador, pagador de impostos, a mercês dessa imundície que se tornou o nosso País. Sou vítima de furtos quase que diáriamente e quando preciso da policia, ela diz que nada pode fazer e que tem que seguir a lei. CADÊ A SEGURANÇA QUE TANTO FALAM NESSE PAÍS? A quem devemos recorrer ou fazer?

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quarta-feira, 30 de março de 2011

ENCONTRO DAS AGUAS-LOCAL PARA ACAMPAR-NOVA REDENÇÃO-BA.

ÁRVORE ENCRAVADA NA PEDRA-ENCONTRO DAS AGUAS-NOVA REDENÇÃO-BA.

-NOVA REDENÇÃO-CHAPADA DIAMANTINA

EXISTEM REAÇÕES NEGATIVAS À MACONHA?





Sim. Em alguns casos, especialmente quando a pessoa a usa pela primeira vez, ou em um lugar estranho, pode sofrer crises de ansiedade aguda (sensação de pânico) e inclusive paranóia ( o usuário sente que as  pessoas a sua volta estão observando-o ou mesmo perseguindo-o).
  Isto é mais provável com doses mais altas de THC. Esses efeitos diminuem à medida que a droga vai perdendo efeito.
   Em poucas ocasiões, a pessoa que consome uma grande quantidade da droga pode apresentar sintomas psicóticos severos, semelhantes àqueles de pacientes psiquiátricos, e até necessitar de tratamento hospitalar de emergência  (por exemplo, uma unidade psiquiátricas).
  Outras reações negativas podem ocorrer se misturar a maconha com outras drogas.

CUIDADO!  A  maconha interfere na capacidade de dirigir veículos, podendo resultar em acidentes.

POR QUANTO TEMPO A MACONHA PERMANECE NO CORPO?



    A  substancia THC na maconha é absorvida pelos tecidos gordurosos de vários órgãos do corpo, onde são armazenados. Geralmente podemos encontrar restos de THC nos exames toxicológicos de urina até vários dias depois de a pessoa ter fumado maconha.
    Contudo, no caso das pessoas que fumam muita maconha (fumantes crônicos), podemos encontrar restos da substancia até várias semanas depois de ter parado de usar a droga.

O QUE ACONTECE DEPOIS QUE A PESSOA FUMA MACONHA?



   Quase imediatamente depois de fumar maconha, a pessoa pode sentir sintomas de intoxicação: boca seca, batida aceleradas do coração, dificuldade na coordenação dos movimentos e do equilíbrio, e reações ou reflexos lentos. Os vasos sanguineos dos olhos se expandem, e por isso ficam avermelhados.
 Em algumas pessoas, a maconha aumenta a pressão sanguinea e pode até duplicar o ritmo cardíaco. Este efeito pode acentuar-se quando a maconha é usada junto com álcool ou outras drogas. Depois de 2 ou 3 horas, a pessoa pode sentir muito sono.

QUAIS SÃO OS EFEITOS DA MACONHA?



Os efeitos da maconha dependem de vários fatores, como por exemplo:
O tipo de cannabis e seu conteúdo de THC;
A forma de uso (se fumada ou ingerida);
A experiência e expectativa de quem fuma;
O lugar em que se usa;
Se a pessoa está bebendo álcool ou usando outras drogas.
    Algumas pessoas não sentem nada quando provam maconha pela primeira vez.
Outras podem se sentir intoxicadas e/ou eufóricas (alegres).
    É comum que  as pessoas que usam maconha sintam grande interesse por estímulos visuais, auditivos ou sabores, que não eram recebidos por eles sem o uso da droga.
    Os eventos mais triviais podem parecer exageradamente interessantes ou engraçados para o usuário.
   O tempo pode parecer passar muito lentamente e, às vezes, a droga faz com que a pessoa sinta muita fome e sede.

A MACONHA LEVA AO CONSUMO DE OUTRAS DROGAS?



   As pesquisas que foram realizadas com estudantes de nível médio usuários de outras drogas mostram que a maioria começou usando maconha como primeira droga ilícita.
   O uso da maconha favorece o contato dos jovens com pessoa que usam e vendem não somente a maconha, mas também outras drogas.
   Neste sentido, a resposta desta pergunta é sim; existe maior risco dos jovens que usam maconha serem expostos  e sofrerem maior pressão para provar outras drogas ilegais.

"Moysés" de Miguel Ângelo

   É considerada a obra-prima da escultura de todos os tempos "Moysés", estátua de mármore de Miguel Ângelo, é considerada a obra-prima da escultura de todos os tempos. Ela está na Igreja de São Pedro, em Roma, sobre o túmulo do papa Júlio II. Segundo a lenda, por achá-la tão perfeita ao concluí-la, Miguel Ângelo desferiu uma martelada no joelho da estátua, exclamando – Parla! (Fala!). 

terça-feira, 29 de março de 2011

BIOGRAFIA-Pedro Calmon Moniz de Bittencourt

Pedro Calmon Moniz de Bittencourt (Amargosa, 23 de dezembro de 1902Rio de Janeiro, 16 de junho de 1985) foi um professor, político, historiador, biógrafo, ensaísta e orador brasileiro.

Índice

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[editar] Biografia

Pedro Calmon nasceu no interior da Bahia, filho de Pedro Calmon Freire Bittencourt e Maria Romana Moniz de Aragão Calmon de Bittencourt.
Sua origem vem de casamentos de famílias importantes, como era o costume da época, dos Nogueira da Gama, descendentes do Marquês de Baependi com famílias importantes da Bahia.
Em 1920, ingressou na Faculdade de Direito da Bahia, que cursou por dois anos. Em 1922 transferiu-se para o Rio de Janeiro, para secretariar a Comissão Promotora dos Congressos do Centenário da Independência, continuando seus estudos na Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, diplomando-se em 1924.
Foi secretário particular do Ministro da Agricultura no governo Artur Bernardes, habilitando-se, em 1925, no concurso de provas para conservador do Museu Histórico Nacional, realizando ali, ampla reforma administrativa, criando também a cadeira de História da Civilização Brasileira, para a qual escreveu um livro com o mesmo título.
Em 1926, estreou na tribuna do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) como orador na comemoração do terceiro centenário de emancipação da Bahia do domínio holandês, sendo eleito sócio efetivo em 1931, orador oficial de 1938 a 1968 e presidente a partir de 1968, tornando-se sócio grande-benemérito.
Em 1927 até 1930, tendo ingressado na política como Deputado Estadual pela Bahia, em 1935 foi eleito deputado federal, voltando em 1950 como ministro da Educação e Saúde (19501951) no governo do presidente Eurico Gaspar Dutra.
O seu primeiro trabalho jurídico data de 1926Direito de Propriedade, inicialmente destinado a tese de doutorado. Em 1933, publicou os livros sobre D. Pedro I, Gomes Carneiro e Marques de Abrantes; em 1935, publicou o 1° tomo da História Social do Brasil - obras que o habilitaram a candidatar-se para a Academia Brasileira de Letras, sendo premiado pela Academia em 1929 pela obra O Romance de Belchior – romance histórico.
Em 1934, tornou-se, por concurso, livre docente de Direito Público Constitucional na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, em 1939 catedrático da mesma Faculdade de que também foi diretor por 10 anos (19381948). Em 1948, ascendeu à Reitoria da Universidade do Brasil, de que esteve à frente por dois períodos: 19481950 e 19511966. Em 1935, regeu a cadeira de História da Civilização Brasileira na Universidade do Distrito Federal. Foi também professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro desde a sua fundação em 1940 e da Faculdade de Filosofia da Universidade Santa Úrsula no Rio de Janeiro. Conquistou em 1955, a cátedra de História do Brasil do Colégio Pedro II com a tese de concurso sobre a análise da documentação inédita acerca das minas de prata.
Pela atividade no magistério superior, recebeu o título de Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Doutor honoris causa das Universidades de Coimbra, Quito, Nova York, de San Marcos e da Universidade Nacional do México; e professor honorário da Universidade da Bahia.
Foi orador oficial do Instituto dos Advogados do Brasil, em dois períodos, representante do Equador na Conferência Pan-Americana de Geografia e História, realizada no Rio de Janeiro, em dezembro de 1932; delegado do Brasil à conferência Interamericana do México em 1945 e a Conferência Interacadêmica para o Acordo Ortográfico em Lisboa, em 1945.
Pedro Calmon foi membro da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro e dos Institutos Históricos de vários Estados brasileiros; membro correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Portuguesa de História; sócio honorário da Sociedade de Geografia de Lisboa, da Real Academia Espanhola e da Real Academia de História da Espanha e sócio correspondente de sociedades culturais e históricas de vários países da América Latina. Foi membro do Conselho Federal de Cultura, do Conselho Editorial da Biblioteca do Exército e diretor do Instituto de Estudos Portugueses Afrânio Peixoto, no Liceu Literário Português, desde 1947.
A partir de 1923, Pedro Calmon publicou, conforme a Academia Brasileira de Letras, cerca de 50 obras, nas áreas de Biografia e Literatura Histórica; História e Direito. São encontradas também, contribuições suas na Revista da Academia Brasileira de Letras e na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, além de crônicas na Revista O Cruzeiro.

[editar] Lorbeerkranz.png Academia Brasileira de Letras

Eleito em 16 de abril de 1936 para a cadeira 16, cujo patrono é Gregório de Matos, da qual foi o terceiro ocupante. Foi saudado por Gustavo Barroso, em 10 de outubro de 1936. Ocupou a presidência da Casa, em 1945.

[editar] Bibliografia

Pedro Calmon teve farta produção literária, sobretudo no campo da História. Além das obras listadas abaixo, deixou abundante contribuição nas revistas da academia e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

[editar] Biografias e historiografias

  • Pedras d’armas, contos (1923);
  • O tesouro de Belchior, novela (1929);
  • Anchieta, o santo do Brasil (1930);
  • O crime de Antonio Vieira (1931);
  • Por Brasil e Portugal. Sermões do Padre Vieira, anotados (1933);
  • Malês, A Insurreição das Senzalas, romance histórico (1933);
  • O Marquês de Abrantes (1933);
  • Gomes Carneiro, o general da República (1933);
  • O rei cavaleiro: Vida de D. Pedro I (1933);
  • O rei do Brasil: Vida de D. João VI (1935);
  • Vida e amores de Castro Alves (1935);
  • O rei filósofo: A vida de D. Pedro II (1938);
  • Figuras de azulejo, crônicas (1939);
  • Princesa Isabel, a Redentora (1914);
  • História do Brasil na poesia do povo (1941);
  • Estados Unidos de leste a oeste, crônicas (1942);
  • A vida de Castro Alves (1947);
  • História da literatura baiana (1949);
  • Castro Alves: o homem e a obra (1973);
  • Para melhor conhecer Castro Alves (1974).

[editar] História

  • A conquista: história das bandeiras baianas (1926);
  • História da Bahia (1927);
  • História da Independência do Brasil, separata da Revista do Instituto Histórico (1929);
  • História da civilização brasileira (1932);
  • História social do Brasil, 1º vol.: Espírito da sociedade colonial (1935); 2º vol.: Espírito da sociedade imperial (1937); 3º vol.: A época republicana (1939);
  • História da Casa da Torre (1939);
  • História do Brasil, 1º vol.: As origens (1939); 2º vol.: A formação (1941); 3º vol.: A organização (1943); 4º vol.: O Império (1947); 5º vol.: A República (1955);
  • História diplomática do Brasil (1941);
  • Brasil e América: História de uma política (1941);
  • História da fundação da Bahia (1949);
  • O segredo das minas de prata, tese de concurso (1950);
  • Brasil, com Jaime Cortesão (1956);
  • História do Brasil, 7 vols., ilustrados (1959);
  • Brasília, catedral do Brasil: história da Igreja no Brasil (1970);
  • História do Ministério da Justiça 1822-1922 (1972);
  • História de D. Pedro II. 5 vols., ilustrados (1975);
  • Franklin Dória, Barão de Loreto (1981).

[editar] Jurídicos

  • Direito de propriedade (1926);
  • Reforma constitucional da Bahia (1929);
  • A federação e o Brasil, tese para a docência (1933);
  • Intervenção federal, tese para a cátedra (1939);
  • Curso de Direito Constitucional (1937);
  • Curso de Teoria Geral do Estado (1941);
  • O Estado e o Direito nos "Lusíadas" (1945);
  • História das idéias políticas (1954).

LOURENÇO FILHO- EDUCADOR

Nascido no interior de São Paulo, teve uma formação marcada pela influência do pai, o português Manuel Lourenço Filho, comerciante criativo e empreendedor ávido, casado com a sueca Ida Christina Bergström. Desde menino, em contato com vasta literatura, tornou-se um leitor compulsivo. Nas suas próprias palavras: lia com "bulimia e indiscriminação" .
Iniciou a vida escolar na vizinha Santa Rita do Passa Quatro. Prosseguiu em Campinas, depois em Pirassununga e, finalmente, na capital, onde diplomou-se na Escola Normal Secundária, em 1917. Matriculou-se na Faculdade de Medicina para estudar psiquiatria mas abandona após dois anos. Em 1919, ingressa na Faculdade de Direito de São Paulo, vindo a bacharelar-se em 1929, depois de longa trajetória interrompida por várias atividades paralelas que desenvolve, com destaque, no campo educacional.
Sua carreira profissional foi precoce. Pode-se lembrar a premonitória experiência de elaborar um jornal próprio, O Pião, cujo chefe, redator e tipógrafo era ele mesmo, menino de 8 anos ainda. Sua vida evidenciará que esse jornal foi mais do que mero capricho de criança: o "brinquedo" o preparou para exercícios profissionais posteriores. Mais tarde trabalhará no Jornal do Comércio, n’O Estado de S. Paulo e na Revista do Brasil, nesta, ao lado de Monteiro Lobato.
O talento desse educador revelou-se tanto no desempenho discente quanto na atuação docente. Desde o exame de admissão para a Escola Normal Primária de Pirassununga exercitava habilidades docentes ministrando aulas particulares de preparação para os testes admissionais. Também a primeira experiência no ensino público dá-se em sua terra natal, em 1915.
Novo contato com a sala de aula se fará na Escola Normal Primária de São Paulo, na qual leciona diversas disciplinas pedagógicas, em 1920. No ano seguinte é nomeado para a cátedra de Psicologia e Pedagogia da Escola Normal de Piracicaba. Ali funda a Revista de Educação, que recebe seus primeiros artigos. No final desse mesmo ano, casa-se com Aida de Carvalho, que conhecera em Pirassununga, quando ambos eram normalistas.
É possível detectar nesse momento da vida de Lourenço a fusão harmônica entre o leitor, o professor, o escritor, o pesquisador e o administrador, potenciais que começavam a demandar espaço.
Em 1922, a convite do governo cearense, assume o cargo de Diretor da Instrução Pública e leciona na Escola Normal de Fortaleza. As reformas por ele empreendidas no Ceará repercutem no país e podem ser entendidas como germe dos conhecidos movimentos nacionais de renovação pedagógica das primeiras décadas do século.
De volta ao Estado natal, leciona na Escola Normal de Piracicaba durante o ano de 1924. Em seguida, assume a vaga de Psicologia e Pedagogia da Escola Normal de São Paulo, função que ocupa por seis anos, fervilhantes de pródiga produção, de muitas publicações, inclusive traduções. A influência da Psicologia Experimental é evidente em sua obra, sobretudo nesse momento.
Sua participação política também merece destaque: presente nas Conferências Nacionais de Educação de 1927 e 1928, respectivamente em Curitiba e Belo Horizonte, apresenta suas idéias quanto ao ensino primário e à liberdade dos programas de ensino. Se não autor, é certamente um dos atores mais importantes do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932.
A vasta obra de Lourenço Filho, entretanto, não pode ser vinculada, de modo simplista, apenas à temática do manifesto escolanovista. Mais do que signatário do Manifesto, foi um educador sedento do novo, que bebia nas fontes do novíssimo, das últimas novidades pedagógicas do cenário internacional. Sua preocupação, de fato, voltava-se também para o fazer pedagógico.
A realidade educacional brasileira é terreno carente mas fértil para contribuições. A preocupação com a educação movia Lourenço Filho. Suas experiências, as viagens pelo Brasil e ao exterior, sua ampla cultura lhe possibilitaram escrever em áreas como Geografia e História do Brasil, Psicologia (testes e medidas na educação, maturação humana), Estatística e Sociologia.
No campo da Educação, sua contribuição abrange temas como educação pré-primária, alfabetização infantil e de adultos, ensino secundário, ensino técnico rural, universidade, didática, metodologia de ensino, administração escolar, avaliação educacional, orientação educacional, formação de professores, educação física e literatura infanto-juvenil – textos espalhados por numerosos livros, revistas, jornais, cartilhas, conferências, apresentações e prefácios. Há publicação de alguns de seus escritos em inglês, francês e espanhol.
A formação profissional e os profundos vínculos dessa com sua produção e atuação, conferem a Lourenço Filho o perfil de intelectual educador. Apesar de ter exercido cargos na administração pública federal – como diretor de gabinete de Francisco Campos (1931), como diretor geral do Departamento Nacional de Educação (nomeado por Gustavo Capanema, em 1937) e como diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (1938-46) –, foi sobretudo um professor e um estudioso de assuntos didático-pedagógicos.
Viveu os últimos anos no Rio e, vítima de colapso cardíaco, faleceu em 3 de agosto de 1970, aos 73 anos. Em Cornélio Procópio,Paraná,existe o Grupo escolar "prof.Lourenço Filho" em sua homenagem,desde a década de 1950.Atual,escola Estadual de Primeiro e segundo Grau " professor lourenço Filho".Em 1972, foram fundadadas as escolas estaduais Professor Lourenço Filho, no munícipio de São João de Meriti, no Rio de Janeiro e em São Paulo, em São Paulo. Colégio Lourenço Filho Em 7 Fevereiro de 1938 foi fundado em Fortaleza/CE por Antônio Filgueiras Lima, um mestre na poesia, em sua homenagem. Hoje possui duas grandes sedes na capital do Ceará: Central e Osório de Paiva. Site oficial:[1]

[editar] Pensamento do autor e sua importância

A impressão que se tem, à medida que se adentra o universo da produção desse educador é de que ele não se esconde à sombra de nomes como Fernando de Azevedo e Anísio Teixeira, contemporâneos seus já objeto de inúmeros estudos. Poderíamos até mesmo conjecturar se seu envolvimento com o governo Vargas não constituiu e constitui, de certa forma, pretexto para obscurecimento da sua figura, num patrulhamento ideológico-político despercebido, como se aceitar cargos num governo ditatorial como foi o de Vargas implicasse necessariamente deixar de ter um posicionamento político crítico.
Perguntamo-nos aqui se os serviços que prestou naquele período não constituíram meio para realização, no campo educacional, das reformas que idealizara. Lourenço acreditava que a era getulista fosse realmente de modernização. Ou seja, o governo brasileiro daquele momento lhe pareceu oportuno para reformar a educação.
Também é criticado pelo caráter tecnicista de suas propostas educacionais. Talvez uma investigação aprofundada sobre esse educador pudesse guindá-lo da posição secundária, em que costumeiramente parece ser confinado, para um plano de maior destaque.
De fato, a obra de Lourenço Filho sobre a Escola Nova é emblemática. Em 1926, por exemplo, em resposta ao inquérito acerca do ensino paulista promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo, apresenta com extraordinária clareza e precisão as características do movimento renovador: "A escola tradicional não serve o povo, e não o serve porque está montada para uma concepção social já vencida, senão morta de todo... A cultura, bem ou mal, vinha servindo os indivíduos que se destinavam às carreiras liberais, mas nunca às profissões normais de produção econômica".
Para ele, o papel da escola, principalmente o da escola primária, era o de adaptar os futuros cidadãos, material e moralmente, às necessidades vindouras. Busca integrar a criança na sociedade e explica a necessidade da educação escolar pública e obrigatória, pois a escola deve preparar para a vida real, pela própria vida.
Esta concepção nos dá margem para confirmar o entendimento do autor, naquele momento, da profunda articulação existente entre a escola e a vida social. Assim, uma escola Moderna só seria a "escola do trabalho". Lourenço Filho tinha claro que a elitização e o intelectualismo da educação brasileira não atendiam às necessidades das classes populares, antes as privavam de participar no esquema produtivo.
Em seu livro mais famoso Introdução ao estudo da Escola Nova, (São Paulo: Melhoramentos, 1978, 271 p.) procurou dar caracterização nacional à temática, embora na Introdução da obra muito pouco fale do Brasil, informando, majoritariamente, sobre o movimento no exterior.

[editar] Concepção de Educação

Para ele, "ensinar" é a arte de transmitir conhecimentos e técnicas, ou seja, o ensino é o processo de inculcação de noções e idéias e, esse papel historicamente coube à escola. Já em relação à Educação, esta, deveria ser integral, oferecer mais que a instrução, pois cabe a ela integrar os indivíduos. O caráter educativo pleno da escola estaria no oferecerimento de condições e oportunidades para que os alunos organizassem a sua conduta para a saúde, a família, o trabalho, a pátria, a recreação e a religião.
Na obra acima citada, Introdução ao estudo da Escola Nova ele coloca:
"O verdadeiro papel da escola primária é o de adaptar os futuros cidadãos, material e moralmente, às necessidades sociais presentes e, tanto quanto seja possível, às necessidades vindouras, desde que possam ser previstas com segurança. Essa integração da criança na sociedade resume toda a função da escola gratuita e obrigatória, e explica, por si só, a necessidade da educação como função pública. Por isso mesmo, o tirocínio escolar não pode ser mais a simples aquisição de fórmulas verbais e pequenas habilidades para serem demonstradas por ocasião dos exames. A escola deve preparar para a vida real, pela própria vida. A mera repetição convencional de palavras tende a desaparecer, como se viu na nova concepção da ‘escola do trabalho’. Tudo quanto for aceito no programa escolar precisa ser realmente prático, capaz de influir sobre a existência social no sentido do aperfeiçoamento do homem. Ler, escrever e contar são simples meios; as bases da formação do caráter, a sua finalidade permanente e inflexível. Do ponto de vista formal, isso significa a criação, no indivíduo, de hábitos e conhecimentos que influam diretamente no controle de tendências prejudiciais, que não podem ou não devem ser sufocadas de todo pelo automatismo psíquico possível na infância. E como conseqüência, nos grandes meios urbanos, à escola cabe, hoje, iniludivelmente, facilitar a orientação e seleção profissional, pelo estudo das aptidões individuais da criança, conhecimento e esclarecimento do desejo dos pais, tradição e possibilidades da família. Esse aspecto é inteiramente desconhecido em nossas escolas."

[editar] Algumas obras de sua vasta produção

  • Educação comparada. São Paulo: Melhoramentos, 1961, 294 p.
  • Estatística e educação. Rio de Janeiro: Serviço Gráfico do IBGE, 1940, 23 p.
  • Introdução ao estudo da Escola Nova. São Paulo: Melhoramentos, 1978, 271 p.
  • A criança na Literatura Brasileira. São Paulo: Melhoramentos, 1948.
  • Introdução ao estudo da Escola Nova. São Paulo: Melhoramentos, 1978, 271 p.
  • Organização e administração escolar: Um curso básico. São Paulo: Melhoramentos, 1963, 288 p.
  • Psicologia educacional. São Paulo: Melhoramentos.
  • Psicologia de ontem e de hoje. São Paulo: Melhoramentos.
  • Tendências da educação brasileira. São Paulo: Melhoramentos, 1940, 164 p.
  • Testes ABC para verificação da maturidade necessária à aprendizagem da leitura e escrita. São Paulo: Melhoramentos, 1969, 200 p. (inclui material para aplicação dos testes).

[editar] Referências

  • D'ÁVILA, A. O Mestre das Américas: Lourenço Filho (1897-1970). S. Paulo: C. Estudos Roberto Mange, mimeo, 1970, 17 p.
  • LOURENÇO FILHO, M.B. "O Porto de meu tempo." Revista comemorativa do cinqüentenário de Porto Ferreira, Porto Ferreira, 1946, p. 21-23.
  • LOURENÇO FILHO, M.B. RBEP, vol. I, ago. 1944, n. 2, p. 219-225. "Modalidades da educação geral."
  • Encarte, Outubro-Novembro/1999 - Publicação do Programa de Pós-Graduação em Educação – CECH – UFSCar
  • Ademir Valdir dos Santos, professor, doutorando em Fundamentos da Educação no PPGE/UFSCar
  • Leila Leane Lopes Leal, professora, doutoranda em Metodologia de Ensino no PPGE/UFSCar. Orientação e revisão: Prof. Dr. Paolo Nosella.