Foi em 1763, que Edmund Stone deu o primeiro passo em direção à
descoberta da aspirina, que se tornou
um dos medicamentos mais utilizados
atualmente. Ele notou que a casca do salgueiro propiciava um tratamento efetivo
para paciente que sofriam de um determinado tipo de febre. Para Stone, a
explicação para o efeito da casca do salgueiro era muito simples. Segundo ele
“o remédio de muitos males naturais estão sempre situados próximos às suas
causas”. De fato, o salgueiro cresce nas mesmas regiões onde se pode adquirir a
febre que pode ser tratada com sua casca.
E Cinquenta anos se passaram até que o ingrediente ativo da
casca do salgueiro fosse isolado e denominado salicina, nome que deriva da
palavra latina salix, que quer dizer “salgueiro”. Mais cinqüenta anos
decorreram até que uma síntese industrial desse composto fosse possível. Nessa
época, o composto já era conhecido como ácido salicílico, uma vez que suas
soluções aquosas saturadas são muito ácidas (pH = 2,4).
No final do século XIX, o ácido salicílico era muito usado para
tratar febre reumática, gota e artrite. Muitos pacientes tratados com essa
droga se queixavam da irritação estomacal crônica causada pela acidez das
elevadas doses (6 g a 8 g por dia) necessárias para aliviar os sintomas dessas
doenças.
Como seu pai era um desses pacientes, o químico Felix Hoffmann
pesquisou um derivado do ácido salicílico que fosse menos ácido. Em 1898,
Hoffmann relatou que o ácido acetilsalicílico era mais efetivo e, ao mesmo
tempo, mais bem tolerado pelo organismo. Ele denominou esse composto de aspirina,
utilizando o prefixo a, do nome acetil, e spirin, da palavra alemã empregada
para o composto original obtido do salgueiro, spirsäure.
A existência de uma droga que tanto reduz a dor quanto a febre
iniciou a busca por outros compostos que pudessem ter o mesmo resultado da
aspirina. Embora fosse baseada na tentativa e erro, essa pesquisa produziu uma
variedade de substâncias comercializadas atualmente como analgésicos,
antipiréticos e agentes antiinflamatórios. Analgésicos aliviam a dor sem
reduzir a consciência, antipiréticos reduzem a temperatura corporal quando está
elevada e agentes antiinflamatórios combatem inchaços ou inflamação das juntas,
da pele e dos olhos.