Como ciências entretanto, a Zoologia nasceu, ainda sem esse nome, na Grécia, com Aristóteles 384-322 a.C.. Escreveu ele uma história dos animais em que descreve cerca de quinhentas espécies, trabalho valiosíssimo para aquela época em que a pesquisa era muitíssimo difícil, que não tinha a seu lado os benefícios de uma técnica mais detalhada, como a que veio em auxilio dos zoólogos de nosso tempo . Aristóteles , apesar disso, dividiu os animais em sociais e solitários; domésticos e selvagens, diurnos e noturnos, terrestres e aquáticos, sedentário e migradores. Sabia que o morcego, apesar de ter asas, não é uma ave, e que a baleia, embora tenha nadadeiras, não é um peixe, conhecimento notável para tão remoto pesquisador .
Os discípulos de Aristóteles continuaram com as pesquisas, mas a dominação romana, voltada mais para as conquistas das guerras , levou ciência para um segundo plano, apesar de já existir na época muitos homens altamente capacitados para os estudos científicos.
Tornou mais difícil e precárias as condições em que andavam os trabalhos científicos com a invasão dos Bárbaros que marcou a decadência do Império Romano. Foi graças a persistência de alguns homens de ciência, entre eles o médico árabe Avicena 980-1036, este foi um tradutor da obra do Aristóteles que não deixou o trabalho se perder no esquecimento.
Muitos homens procuravam uma base cientifica para aquele setor do conhecimento humano. Com a chegada da Renascença, e consequente estímulo à arte e à ciência, a Zoologia, que não tinha esse nome ainda, tomou um grande impulso. A imprensa entrou oficialmente em ação no ano de 1450, veio proporcionar a divulgação das obras até então escritas, e existentes apenas em limitado numero de exemplares, quase todas escritas em línguas que exigiam tradução.
Muitos fósseis de animais começaram a ser descobertos e classificados, inclusive por Leonardo da Vinci (1452-1518).
O sueco Lineu (1707-1778), com Buffon (1707-1788), Lacepéde (1756-1825), e muitos outros importantíssimos autores de trabalhos científicos, foram trazendo a sua contribuição à Zoologia, levando-a, através de cuvier (1769-1832), Lamarck (1744-1829) e Saint-Hilaire (1772-1844), naturalistas que se viraram célebres, até o limiar do século xx. Outros cientistas continuaram pesquisando e aperfeiçoando teorias, através de técnicas mais completas. Muitos Museus zoológicos foram criados, a fauna marinha é agora estudada através de material sofisticado. Em Mônaco está o Museu de Oceanografia, e em cada país cientistas escrevem sobre a fauna de sua região. No Brasil, tivemosmo ilustre naturalista Rodolpho Von Iherig, autor de um Dicionário dos Animais do Brasil, e de outros livros sobre o assunto.
Não esqueçamos que Charles Darwin, o conhecido naturalista inglês, partiu dos animais no seu estudo sobre a evolução das espécies. E há ainda muitos que afirmam – e muitos que parecem justificar essa afirmativa – que o homem descende mesmo , é do macaco.
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