quarta-feira, 16 de março de 2011

MINÉRIOS EM NOVA REDENÇÃO-O QUE FALTA?

República Federativa do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
Diretoria de Geologia e Recursos Minerais
Departamento de Recursos Minerais
CHUMBO DE NOVA REDENÇÃO
ESTADO DA BAHIA
Odon Moraes Filho
Rômulo Alves Leal
Luiz Carlos de Moraes
Superintendência Regional de Salvador
2001
EQUIPE TÉCNICA
ELABORAÇÃO DO INFORME EXECUÇÃO DA PESQUISA
Geól. Roberto Campelo de Melo Geól. Luiz Carlos de Moraes
Gerente de Recursos Minerais Supervisão Técnica
Euvaldo Carvalhal Britto Geól. Odon Moraes Filho
Gerente de Rel. Institucionais e Desenvolvimento Chefe do Projeto
Geól. Luiz Carlos de Moraes
Supervisor Geól. Odon Moraes Filho
Geól. Rômulo Alves Leal
Geól. Odon Moraes Filho Geól. Luiz Carlos de Moraes
Geól. Rômulo Alves Leal Geólogos Executores
Geól. Luiz Carlos de Moraes
Executores do Informe
DWG – Computação Gráfica Rossini Barreto Cocentino
Digitalização Topografia
Ives A. de A. Garrido – CBPM
Ricardo Eddie Hagge Silva Geofísica
Revisão das Figuras
Itamar R. de Farias França
Ana Cristina Neves da Conceição
Digitação e Revisão do Texto
Neuza de A. Souza
Diagramação e Montagem
Editoração Final e Impressão pela Superintendência Regional de Porto Alegre
Coordenação: Geól. Luís E. Giffoni
Informe de Recursos Minerais
Série Oportunidades Minerais – Exame Atualizado de Projeto, nº 05
Ficha Catalográfica
M82 Moraes Filho, Odon
Chumbo de Nova Redenção: estado da Bahia / Odon Moraes Filho.
- Salvador: CPRM, 2001
31 p.il. (Informe de Recursos Minerais, Série Oportunidades Minerais
– Exame Atualizado de Projeto, 05)
1. Geologia Econômica – Chumbo. 2. Depósitos Minerais - Brasil.
I. Título. II.Série
CDD 553.309814
Apresentação
O Informe de Recursos Minerais objetiva sistematizar e divulgar os resultados das atividades
técnicas da CPRM nos campos da geologia econômica, prospecção, pesquisa e economia
mineral. Tais resultados são apresentados em diversos tipos de mapas, artigos bibliográficos,
relatórios e estudos.
Em função dos temas abordados são distinguidas oito séries de publicações, abaixo
relacionadas, cujas listagens são apresentadas ao fim deste informe:
1) Série Metais do Grupo da Platina e Associados;
2) Série Mapas Temáticos do Ouro, escala 1:250.000;
3) Série Ouro – Informes Gerais;
4) Série Insumos Minerais para Agricultura;
5) Série Pedras Preciosas;
6) Série Economia Mineral;
7) Série Oportunidades Minerais – Exame Atualizado de Projeto;
8) Série Diversos.
A aquisição de exemplares deste informe poderá ser efetuada diretamente na Superintendência
Regional de Salvador ou na Divisão de Documentação Técnica, no Rio de Janeiro.
Os endereços e e-mails correspondentes estão listados na contracapa.
i
RESUMO
O Projeto Redenção abrange atualmente 6 (seis) alvarás de pesquisa totalizando
10.498,05 ha e objetiva essencialmente a prospecção de chumbo, zinco (prata/cádmio) no domínio
da Bacia de Utinga, situada na parte centro-leste do Estado da Bahia, de caráter intracratônico
e depositária de uma espessa sedimentação carbonática epicontinental marinha,
pertencente à Formação Salitre, Grupo Una (correlato do Bambui), de idade neoproterozóica.
As texturas, estruturas sedimentares e associações litológicas, observadas na área do projeto,
sugerem a deposição dessas rochas em um ambiente de planície de maré, nas zonas de submaré
rasa a intermaré/supramaré.
Duas associações de litofácies distintas foram individualizadas na Formação Salitre: a)
Associação A, constituída essencialmente por uma seqüência dolomítico-estromatolítica silicificada,
associada a anidrita (?) nodular silicificada (seqüência do topo) e por dolarenitos estratificados
e laminados (seqüência intermediária); b) Associação B, constituída essencialmente por
uma seqüência de calcarenitos/calcissiltitos/calcilutitos laminados, em associação com laminitos
algais (seqüência da base).
A área foi afetada por episódios de deformação rúptil-dúctil gerando várias famílias de
fraturas, destacando-se como principais os sistemas NW e NE.
As mineralizações estão principalmente contidas em zonas filonares, com alto a baixo
ângulo em relação à estratificação das encaixantes e com possanças variadas (desde centimétricas
a mais de 20 m), apresentando comumente um elevado estágio de oxidação. São predominantemente
constituídas por brechas/cangas sílico-ferruginosas cerussíticas, localmente com
remanescentes de galena (bolsões) e, subordinadamente, contendo blenda e pirita. As brechas/
cangas cerussíticas e a galena são argentíferas. Tais mineralizações são superficialmente
evidenciadas pela presença de crostas e linhas de brechas/cangas sílico-ferruginosas (incluindo
“gossans” verdadeiros e falsos), restritas ao domínio da Associação de Litofácies A da Formação
Salitre, essencialmente controladas pelo “trend” estrutural NW e, subordinadamente, pelo
sistema de fraturas NE. A ocorrência de galena/cerussita de Sete lagoas constitui a principal
evidência direta da presença dessas mineralizações na área.
Anomalias geoquímicas de Pb, Zn e Ag em solo residual; significativos realces desses
metais em crostas e brechas/cangas sílico-ferruginosas; e anomalias geofísicas de EM (MAXMIN
II), são bons indicadores indiretos das mineralizações.
Foram individualizadas duas faixas potencialmente mineralizadas principais, aproximadamente
paralelas e orientadas segundo a direção NW: 1) Setor Sete Lagoas, com comprimento
de 600 m; 2) Setores Queimadas do Felipe/Queimadas/Calhau, com comprimento total
de cerca de 7 km, havendo a expectativa de sua ampliação para NW.
Nessas duas faixas foram executados 38 furos prospectivos e avaliativos, com sonda
rotativa, totalizando 2.785,82 metros perfurados, chegando-se a uma estimativa/expectativa
globais de reservas, para o Setor Sete Lagoas, da ordem de 5.200.000 t de minério com teores
médios de 6,10% Pb; 0,5% Zn; 32 ppm Atg; e 10 ppm Cd, correspondendo, respectivamente, a
conteúdos metálicos de 315.000 t de Pb; 26.000 t de Zn; 166 t de Ag e 52 t de Cd. Existe a expectativa
de ampliação dessas reservas, não apenas no Setor Sete lagoas, como também em
função de intervalos mineralizados atravessados pelos furos prospectivos na segunda faixa
mineralizada.

1. Introdução
O Projeto Redenção abrange atualmente
6 (seis) alvarás totalizando
10.498,05 ha e objetiva fundamentalmente
a prospecção e pesquisa de chumbo, com
prata/zinco/cádmio associados, no domínio
da Bacia de Utinga, Grupo Una (Bambuí),
de idade proterozóica superior, em razão
das boas perspectivas vislumbradas para a
referida associação metálica na área, aliadas
a um contexto geológico-metalogenético
bastante favorável à presença de depósitos
econômicos desses metais.
2
2. Localização, Acesso, Fisiografia e Infra-estrutura
As seis áreas do projeto são contíguas
e se localizam integralmente no município
de Nova Redenção, na região centro -
leste do Estado da Bahia (figura 1). O
acesso a partir de Salvador é feito por 392
km de vias asfaltadas (BR-324, BR-116,
BR-242 e BA-142) e mais 28 km de estrada
cascalhada que corta as áreas de norte
para sul até a sede do município de Nova
Redenção, situada junto ao limite leste da
área atual do projeto.
A área se situa na Zona Fisiográfica
da Chapada Diamantina, no domínio da
Bacia Hidrográfica do Rio Paraguaçu. Está
inserida no Polígono das Secas, caracterizando-
se por um clima transicional entre o
tropical - úmido e o semi-árido, com insuficiência
de precipitação, baixa umidade do
ar e considerável evaporação. Apresenta
notadamente duas estações, sendo uma
seca, de maio a outubro, e a outra chuvosa,
de novembro a abril. A precipitação
pluviométrica oscila em torno de 500 mm
anuais, podendo ocorrer períodos de seca
mais prolongados, provocando sérios prejuízos
à economia da região. O relevo é
constituído pelo platô calcário e por serrotes
e morros residuais, com altitudes variando
entre 350 e 580 metros.
No tocante à infra-estrutura, existe
energia elétrica em Nova Redenção e municípios
circunvizinhos, boas condições de
acessibilidade, linhas regulares de ônibus e
comunicação telefônica do tipo DDD. O rio
Paraguaçu, único rio perene na área, propicia
grande disponibilidade de água, a despeito
da grande escassez de chuvas durante
a maior parte do ano. Bordeja grande
parte do limite oeste das áreas requeridas,
distando cerca de 1,2 km do principal depósito
de chumbo/zinco/prata (Setor Sete
Lagoas).


por Zelton Alves

AGORA AMIGO, EU PERGUNTO: O que estar faltando para ser explorado esse tão sonhado minerio? centenas de pessoas desempregadas, pais de familias saindo em busca de aventuras em terras estranhas, deixando aqui sob seus pés o que poderia lhes render vida tranquila no futuro com a geração de emprego. Será que os dirigentes não estão enxergando? ou eles não querem independencia financeira para os pobres?

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