quinta-feira, 21 de abril de 2011

Cultura Indígena – Alimentação*

Com o objetivo de tornar comestível a raiz da mandioca amarga, os Tupis sujeitavam-na a um complexo tratamento destinado a eliminar o ácido cianídrico. A polpa era espremida no tipiti (prensa destinada a extrair a água que continha a substância venenosa), amassada e, depois, assada ou torrada em grandes recipientes circulares de barro. A mandioca doce (aipim) era normalmente comida depois de descascada e assada diretamente nas brasas. Os Guaranis preferiam o milho, ingerindo-o cozido ou assado, procedendo também à secagem do grão maduro e inteiro.
Os Ameríndios comiam normalmente peixe fresco, depois de fervido em água. No entanto, podiam também consumi-lo moqueado, ou seja, cozinhando numa grelha feita em varas de madeira verde (moquém). A carne era geralmente grelhada, exceto a de anta, que era cozida. Misturavam sal com pimenta e tomavam uma pitada dessa massa (juquiraí) sempre que ingeriam uma porção de alimento.
Produziam uma bebida – o cauim – a partir do aipim, do milho, da batata-doce, de seiva de palmeiras e de frutas (ananás e caju). Esta tarefa era destinada às moças que, após o cozimento da matéria-prima, mastigavam-na, desencadeando, através da saliva, o processo de fermentação. O cauim tinha um aspecto turvo e espesso como borra e era consumido morno.
Da dieta alimentar tupi-guarani faziam parte também frutos silvestres como maracujá, jabuticaba, araçá, cajá e mangaba, além de mel, ovos de pássaros, larvas, gafanhotos, abelhas e formigas.

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