quarta-feira, 6 de abril de 2011

perseguição de Diocleciano

A perseguição de Diocleciano ou «Grande Perseguição» foi a última e talvez mais sangrenta perseguição aos cristãos no Império Romano. Em 303, o imperador Diocleciano e seus colegas Maximiano, Galério e Constâncio emitiram uma série de éditos em que revogavam os direitos legais dos cristãos e exigiam que estes cumprissem as práticas religiosas tradicionais. Decretos posteriores encaminhados ao clero exigiram o sacrifício universal, ordenando a realização de sacrifícios às divindades romanas. A perseguição variou em intensidade ao longo do império: as menos violentas repressões ocorreram na Gália e Britânia, onde se aplicou apenas o primeiro édito, enquanto as mais violentas se deram nas províncias orientais. Embora as leis persecutórias fossem anuladas por diversos imperadores em várias épocas, tradicionalmente o fim das perseguições aos cristãos foi marcado pelo Édito de Milão de Valério Licínio e Constantino, o Grande.
Os cristãos tinham sido alvo de discriminação a nível local no Império, embora os primeiros imperadores se mostrassem renitentes a formular leis gerais contra eles. Não foi senão na década de 250, durante os reinados de Décio e Valeriano, que este tipo de leis começou a ser aprovado. Com esta legislação, os cristãos viram-se obrigados a sacrificar aos deuses pagãos, ou, pelo contrário, a enfrentar a prisão e pena de morte. Depois da chegada ao trono de Galieno em 260, estas leis foram abolidas. A chegada ao trono de Diocleciano, um camponês da Dalmácia em 284, após o assassinato de Numeriano, não marcou uma reversão imediata do desprezo pelo Cristianismo, mas anunciou uma mudança gradual nas atitudes oficiais para com as minorias religiosas.

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