A
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
A poluição atmosférica
caracteriza-se basicamente pela presença de gases tóxicos e partículas sólidas
no ar. As principais causas desse fenômeno são a eliminação de resíduos por
certos tipos de indústrias (siderúrgicas, petroquímicas, de cimento, etc.) e a
queima de carvão e petróleo em usinas, automóveis e sistemas de aquecimento
doméstico.
O ar poluído penetra nos pulmões,
ocasionando o aparecimento de várias doenças, em especial do aparelho
respiratório, como a bronquite crônica, a asma e até o câncer pulmonar. Esses
efeitos são reforçados ainda pelo consumo de cigarros.
Nos grandes centros urbanos,
tornam-se freqüentes os dias em que a poluição do ar atinge níveis críticos,
seja pela ausência de ventos, seja pelas inversões térmicas, que são períodos
nos quais cessam as correntes ascendentes do ar, importantes para a limpeza dos
poluentes acumulados nas camadas próximas à superfície.
A maioria dos países capitalistas
desenvolvidos já possui uma rigorosa legislação antipoluição, que obriga certas
fábricas a terem equipamentos especiais
(filtros, tratamento de resíduos, etc.) ou a usarem processos menos poluidores.
Nesses países também é intenso o controle sobre o aquecimento doméstico a
carvão, o escapamento dos automóveis, etc. Tais procedimentos alcançam
resultados consideráveis, embora não eliminem completamente o problema da
poluição do ar. Por exemplo, pesquisas realizadas há alguns anos mostraram que
chapas de ferro se corroem muito mais rapidamente em São Paulo do que em
Chicago, apesar de esta metrópole norte-americana possuir maior quantidade de
indústrias e automóveis em circulação.
Calcula-se que a poluição do ar
tenha provocado um crescimento de teor de gás carbônico na atmosfera, que teria
sofrido um aumento de 14% entre 1830 e 1930. Hoje em dia esse aumento é de
aproximadamente 0,3% ao ano. Os desmatamentos contribuem bastante para isso,
pois a queima das florestas produz grande quantidade de gás carbônico. Como o
gás carbônico tem a propriedade de absorver calor, pelo chamado “efeito estufa”
, um aumento da proporção desse gás na atmosfera pode ocasionar um aquecimento
da superfície terrestre. Efeito estufa: ação que certos gases exercem sobre a
radiações do calor da terra, interceptando-as e transmitindo-as de volta a
superfície.
Baseados nesse fato, alguns
cientistas estabeleceram a seguinte hipótese: com a elevação da temperatura
média na superfície terrestre, que no início do século XXI será 2ºC mais alta
do que hoje, o gelo existente nas zonas polares (calotas polares) irá se
derreter. Consequentemente, o nível do mar subirá cerca de 60 m, inundando a
maioria das cidades litorâneas de todo o mundo. Alguns pesquisadores pensam
inclusive que esse processo já começou a ocorrer a partir do final da década de
80. Os verões da Europa e até da América têm sido a cada ano mais quente e
algumas medições constataram um aumento pequeno, de centímetros, do nível médio
do mar em algumas áreas litorâneas. Todavia, esse fato não é ainda admitido por
grande parte dos estudiosos do assunto.
Outra importante conseqüência da
poluição atmosférica é o surgimento e a expansão de um buraco na camada de
ozônio, que se localiza na atmosfera - camada atmosférica situada entre 20 e 80
Km de altitude.
O ozônio é um gás que filtra os
raios ultravioleta do Sol. Se esses raios chegassem à superfície terrestre com
mais intensidade provocariam queimaduras na pele, que poderiam até causar
câncer, e destruiriam as folhas das árvores. O gás CFC - clorofluorcarbono -,
contido em sprays de desodorantes ou inseticidas, parece ser o grande
responsável pela destruição da camada de ozônio. Por sorte, esses danos foram
causados na parte da atmosfera situada acima da Antártida. Nos últimos anos
esse buraco na camada de ozônio tem se expandido constantemente.
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