SMITH, Adam
Economista inglês (Kirkcaldy, Fifeshire, Escócia). Estudou em
Glasgow e Oxford.
Até 1746 dedicou-se aos estudos de ciências políticas e
lingüísticas.
Transferiu-se mais tarde para Edinburgh, onde deu cursos de
retórica e literatura. Nessa época
conheceu David Hume, de quem se tornou amigo.
Em 1751 foi nomeado professor de lógica em Glasgow e, no ano
seguinte, assumiu a cátedra de filosofia moral em que se manteve durante doze
anos.
Para Adam Smith, o trabalho de uma nação é a principal fonte
geradora dos bens que necessita a comunidade. O aumento da produtividade do
trabalho depende de sua divisão, que repousa essencialmente, na propensão que
tem a natureza humana para trocar uma coisa por outra. A acumulação de capital
funciona como uma das condições prévias dessa divisão. Quanto à noção do valor,
surgiu como troca de mercadorias. O termo valor apresenta dois significados, o
de utilidade e o de poder de compra, sendo o primeiro valor de uso, e o segundo
valor de troca. O trabalho seria a medida do valor de todas as mercadorias.
Estudando o problema do preço, concluiu o economista que as rendas, os salários
e os lucros são meros componentes da renda. No que se refere à acumulação
capitalista, divide o capital em fixo e circulante. O primeiro consiste,
principalmente, em máquinas, edifícios, implementos agrícolas, enquanto o
segundo compreende o dinheiro. as matérias-primas e as mercadorias acabadas,
ainda em mãos do industrial ou do comerciante.
Analisando a estrutura da sociedade capitalista, Adam Smith chegou
a extraordinária conclusão, para a sua época, da divisão da sociedade em
classes. Para ele, três são as classes fundamentais da sociedade capitalista: o
operariado, os capitalistas e os proprietários de terras. Salienta que, na
sociedade capitalista, existe comunidade de interesses, uma vez que os
benefícios comuns resultam sobretudo do choque de interesses das diversas
classes sociais. Por isso defendia a livre concorrência.
Adam Smith e Lord Keynes continuam a ter validade
EXP. - Mas será que poderemos falar de "novas regras" na
economia digital que tenham tornado obsoletas as definidas por Adam Smith para
a economia capitalista?
P.R. - Volto a insistir - penso sobretudo que há mudanças no que
nós pensamos àcerca da economia. As tais novas leis não tornam as velhas
obsoletas. O que acontece é que colocamos as novas por cima das velhas. Por
exemplo, o que Adam Smith dizia sobre o «laissez faire» ou a «mão invísivel»
continua a ser de uma grande profundidade e tem um impacto enorme na política e
nas pessoas comuns. Neste século, podemos falar de Keynes e da revolução
keynesiana, sobre o papel do Estado na política macro-económica, que já aflorei
atrás. Quer Smith, quer Keynes continuam a ter validade. Mas é preciso
"equilibrá-los". A nova questão que está a emergir é saber o que
podem hoje os governos fazer para influênciar o processo de crescimento. E aí o
«laissez faire» não é suficiente. Há um papel importante para os governos ou
para conjuntos de pessoas actuantes, não necessariamente governos. Mas é claro
que há políticas e políticas - e aí está outra questão.
EXP.Mas se isso significa que o keynesianisno também não chega,
então o que é que é necessário?
P.R. - Penso que há uma oportunidade para pensar em novas
políticas. Veja-se, por exemplo, no campo da educação, o que se fez na América
em relação ao papel das universidades, que se tornaram muito mais focalizadas
na melhoria concreta da actividade económica. Outro exemplo de novas políticas,
aconteceu nos anos 50 com a iniciativa do Departamento de Defesa americano que
levou à criação de uma nova disciplina académica - a das ciências da
computação. Estes são bons exemplos de "políticas" que recomendo. E
julgo que há hoje uma janela de oportunidade para criar este tipo de novas políticas
viradas para a gestão do crescimento económico, como aconteceu antes.
EXP. - Quando fala do papel que podem desempenhar "conjuntos
de pessoas actuantes", o que é que quer dizer com isso?
P.R. - No fundo é a tal "vantagem da colaboração" entre gente
da mesma área. Há dois casos aqui nos EUA que são interessantes. Um é a aliança
existente na área dos semicondutores para investigação e formação em comum - a
célebre Semiconductor Research Corp. Outro é Cable Labs, que junta empresas de
TV cabo no plano técnico. Eu creio que vamos ver muitas mais organizações de
cooperação empresarial deste tipo no futuro, mais do que agências
governamentais.
Sobre a Incerteza e o Conteúdo Ético do Processo Civil
A posição de Smith
Adam SMITH, com propósitos mais óbvios, também vincula a
propriedade à segurança, ao Estado e à Justiça.
Em sua argumentação, substitui o estado da natureza por
"nação de caçadores", todavia também caracterizada pela ausência de
propriedade (ao menos, de propriedade que ultrapasse o valor de dois ou três
dias de trabalho), sendo desnecessária uma Justiça, para que os homens vivam
com relativa segurança.
Com o advento da sociedade de pastores, e da propriedade pastoril,
surgem as grandes propriedades, e a conseqüente desigualdade. A fartura dos
ricos e a indignação dos pobres provoca as ocupações de terra. A partir de
então, "somente sob a proteção do magistrado civil, o proprietário dessa
propriedade valiosa (...) pode dormir à noite com segurança" [sem grifo no
original]. "É, pois, a aquisição de propriedade valiosa e extensa que
necessariamente exige o estabelecimento de um governo civil. Onde não há
propriedade, ou ao menos, propriedade cujo valor ultrapasse o de dois ou três
dias de trabalho, o governo civil não é tão necessário."
"É na era dos pastores, segundo período da sociedade, que a
desigualdade de fortuna começa a existir, introduzindo entre as pessoas um grau
de autoridade e subordinação cuja existência era impossível anteriormente. Esta
desigualdade de fortuna dá, portanto, certa relevância àquele governo civil
indispensavelmente necessário para a preservação da própria sociedade. (...) Os
ricos, em particular, necessariamente se interesam em manter essa ordem de
coisas, já que só ela é capaz de assgurar-lhes a posse de suas próprias
vantagens. (...) O governo civil, na medida em que é instituído para garantir a
propriedade, de fato o é para a defesa dos ricos contra os pobres, ou daqueles
que têm alguma propriedade contra os que não possuem propriedade alguma."
Consulta na Enciclopédia Abril
Economia clássica
Economia clássica – A ciência econômica é consolidada com a escola
clássica. O marco fundamental é a obra Uma Investigação sobre a Natureza e
Causas da Riqueza das Nações (1776), do
escocês Adam Smith (1723-1790). Após a morte de Smith, três nomes aperfeiçoam e
ampliam suas idéias: o francês Jean-Baptiste Say (1767-1832) e os ingleses
Thomas Malthus (1766-1834) e David Ricardo (1772-1823).
O pensamento clássico se
desenvolve na segunda metade do século XVIII e no século XIX. Desse modo centra
suas reflexões nas transformações do processo produtivo, trazidas pela
Revolução Industrial. Os clássicos alteram mais uma vez a noção de riqueza.
Adam Smith afirma que não é a prata ou o ouro que determinam a prosperidade de
uma nação, mas, sim, o trabalho humano. Em conseqüência, qualquer mudança que
aprimore as forças produtivas estará potencializando o enriquecimento de uma
nação. A principal delas - além da mecanização - é a divisão social do
trabalho, amplamente estudada por ele. A escola também aborda as causas das
crises econômicas, as implicações do crescimento populacional e a acumulação de
capital.
Os clássicos defendem o
liberalismo e elaboram o conceito de racionalidade econômica, no qual cada
indivíduo deve satisfazer suas necessidades da melhor forma possível sem se
preocupar com o bem-estar da coletividade. Essa busca egoísta e competitiva, no
entanto, estaria na origem de todo o bem público porque qualquer intervenção
nessas leis naturais do comportamento humano bloquearia o desenvolvimento das
forças produtivas. Usando a metáfora econômica de Smith, os homens, conduzidos
por uma "mão invisível", acabam promovendo um fim que não era
intencional.
Adam Smith
Economista escocês (1723-1790). Formulador da Teoria do
Liberalismo Econômico, é um dos mais influentes teóricos da Economia moderna.
Nasce em Kirkcaldy e estuda em Glasgow e Oxford, na Inglaterra. Em 1751 é
nomeado professor de Lógica na Universidade de Glasgow e, no ano seguinte,
assume a cátedra de Filosofia Moral. Interessa-se por diversos ramos do
conhecimento, como Filosofia, História e Ciências Exatas. Publica um importante
tratado sobre moral, Teoria dos Sentimentos Morais (1759), e cultiva amizades
com filósofos como David Hume e inventores como James Watt. Em 1763, durante
uma viagem à França e à Suíça, entra em contato com os fisiocratas. Volta à
Escócia e publica sua obra principal, Investigação sobre a Natureza e as Causas
da Riqueza das Nações .Nela, define os
pré-requisitos do liberalismo econômico e da prosperidade das nações: combate
aos monopólios, públicos ou privados; não-intervenção do Estado na economia e
sua limitação às funções públicas de manutenção da ordem, da propriedade
privada e da Justiça; liberdade na negociação do contrato de trabalho entre
patrões e empregados; e livre-comércio entre os povos. Morre em Edimburgo.
Livro de Adam Smith: Riqueza das Nações
Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações
(...)
“O crescimento e a riqueza das cidades comerciais e industriais
contribuíram para o melhoramento e o cultivo dos países a que pertenciam de
três maneiras diferentes.
Em primeiro lugar, oferecendo à produção bruta do campo um mercado
imediato e considerável, estimularam o cultivo e melhoramento do mesmo. Esse
benefício não se confinou apenas aos países nos quais essas cidades se situavam
estendendo-se em maior ou menor grau a todos aqueles com os quais mantinham
relações comerciais.
Facultavam a todos eles um mercado para parte ou a totalidade da
sua produção bruta ou manufaturada, estimulando consequentemente em todos eles
a indústria e a agricultura. Era, no entanto, o país em que essas cidades se
situavam que derivava desse mercado os maiores benefícios, em consequência da
sua proximidade. Uma vez que o transporte da produção bruta vendida na cidade
saía mais barato, os comerciantes podiam pagar por ela aos produtores um preço
dos produtos originários de regiões mais distantes.
Em segundo lugar, a riqueza adquirida pelos habitantes das cidades
era frequentemente investida na compra de terras que se encontravam à venda, a
maior parte das quais estava por cultivar. Os mercados ambicionam geralmente
tornar-se proprietários rurais e, quando realizam esse objetivo, fazem-no
geralmente com grande eficiência. O mercador é um homem que está habituado a
investir o seu dinheiro em projetos rentáveis, enquanto que o proprietário
rural tem o costume de o gastar em despesas. O primeiro só abre mão do seu
dinheiro quando vê que o recuperará com lucros; enquanto que o segundo, depois
de abrir mão dele não espera tornar a vê-lo. Esses hábitos diferentes
condicionam naturalmente o caráter e a disposição de um e outro em todos os
assuntos de negócios. O mercador é geralmente um empresário ousado, o
proprietário rural um empresário tímido. O primeiro não tem medo de investir de
uma vez só grandes capitais no melhoramento das suas terras, desde que haja uma
probabilidade grande de que o valor dessa terra se eleve proporcionalmente à
despesa de que o valor dessa terra se eleve proporcionalmente à despesa com ela
feita. O segundo, mesmo quando tem algum capital, o que nem sempre é o caso,
raramente ousa investi-lo dessa maneira.”
(...)
Consulta na Enciclopédia Universal
Economia (Adam Smith)
A ciência econômica é relativamente recente, tem pouco mais de 200
anos. Apesar disso, os antigos tratavam dela sem saber que era de importância
fundamental para as relações humanas e sociais. Iniciou-se a Economia com Adam
Smith, que poderia ser denominado de patrono da disciplina, já que foi este
grande pensador quem lhe deu status de matéria e criou um pensamento
sistemático e estruturado em torno dela, publicando a Riqueza das Nações em
1776, na Inglaterra.
Sem medo de exagerar, poderíamos dizer que a Economia é a
"Rainha das Ciências Sociais", por ser ela fator determinante nas
outras ciências sociais (Sociologia, Política, Estudos Sociais). Seu estudo se
tornou obrigatório desde o segundo grau até a universidade. Consta nos cursos
de Direito, Engenharia, Psicologia, Administração, Medicina etc... À análise
econômica tem se acrescentado instrumentos estatísticos e matemáticos para
torná-la mais precisa e, desta forma, poder fazer previsões com maior grau de
certeza.
Adam Smith (1723-1790)
Retrato de um Professor Distraído.
"A única beleza que tenho se encontra nos meus livros",
esta foi a forma pela qual Adam Smith descreveu a si mesmo. Certamente, o
famoso perfil de sua fotografia nos mostra um rosto simples. Além do mais,
Smith tinha uma curiosa forma de lento caminhar, cambaleando-se, que um amigo
apelidou de "Vermicular" e era propenso a notórios acessos de
distração. Esse professor distraído nasceu em 1723 na cidade de Kirkcaldy, na
Escócia.
Kirkcaldy orgulhava-se de uma população de 1500 pessoas, e na
época em que Smith nasceu, pregos ainda eram usados como dinheiro por alguns
habitantes.
Desde os primeiros anos, Smith foi um aluno capaz e com futuro
promissor. Era evidente que sua carreira tinha de ser o magistério e, por isso,
aos 17 anos, foi para Oxford, graças a uma bolsa de estudos, fazendo uma viagem
a cavalo, e ali permaneceu por seis anos. Mas Oxford não era, ainda naquela
época, a cidadela do saber que mais tarde se tornou. Havia pouco ou nenhum
ensino sistemático e os estudantes ficavam em liberdade para educar-se por si
mesmos, contanto que não lessem livros perigosos. Smith quase foi expulso por
possuir uma cópia do Tratado da Natureza Humana, de David Hume, um livro que
hoje conceituamos como uma das obras de arte filosóficas do século XVIII.
Depois de Oxford, Smith regressou à Escócia, onde obteve o título
de professor de filosofia moral na Universidade de Glasgow. A Filosofia Moral
cobria um amplo território na época de Smith. Temos apontamentos de suas
conferências nas quais falava de direito, organização, impostos e
"política". Nesta última palavra se referia à administração de
assuntos domésticos, o que hoje denominamos Política Econômica. Em 1750 Smith
publicou The Theory of Moral Sentiments, uma notável investigação sobre moral e
psicologia.
Depois de regressar à Escócia, em 1776, Smith compôs lenta e
cuidadosamente A Riqueza das Nações.
Quando concluiu a obra, enviou uma cópia a David Hume, de quem era
grande amigo. Hume lhe escreveu: Euge! (bem feito em grego). Querido senhor
Smith: estou encantado com o seu trabalho, você tem escrito uma obra que mudará
para sempre o conceito que a sociedade tem de si mesma.
Adam Smith tornou-se famoso por sua obra mestra, Riqueza das
Nações, publicada em 1776, ano da declaração de Independência dos Estados
Unidos. Levando em conta todas as circunstâncias torna-se difícil saber qual
dos documentos possui maior importância histórica. Na declaração de
Independência se fez um novo chamado para criar uma sociedade dedicada à
"Vida, Liberdade e à Procura da Felicidade". A Riqueza das Nações
explicou como trabalha este tipo de sociedade.
A Filosofia de Smith
Devido ao mercado se regular por sua própria conta, Smith se opõe
com veemência à intervenção do governo, que acabaria intervindo para satisfazer
seu próprio interesse, prejudicando, desta forma, as forças da concorrência. É
por isso que o “laissez-faire” (deixar fazer) se converte em sua filosofia
fundamental, não porque Smith se oponha a idéia da responsabilidade social, e
sim porque está convencido de que isto se conseguirá de forma mais eficiente
através do mecanismo da mão invisível, e não por meio da intervenção do
governo.
Sua defesa do laissez-faire não fez de Adam Smith um conservador
comum, “A Riqueza das Nações” está cheia de comentários críticos sobre os meios
ruins e rapinagem industrial. O livro simpatiza abertamente com os
trabalhadores e se preocupa com eles, algo não muito popular na época de Adam
Smith. Se Adam Smith defende com paixão o “Sistema de Liberdade Natural”, ou
seja, o sistema baseado na liberdade econômica é porque ele acreditava que
beneficiaria o público em geral e não os interesses mesquinhos de qualquer
classe individual.
Smith na Atualidade
Torna-se evidente que Adam Smith escreveu sobre um mundo há muito
tempo desaparecido. A fábrica de dez pessoas, ainda pequena, era tão importante
na época que era tida como modelo. Nesse mundo, ainda havia vestígios das
restrições mercantilistas, e inclusive feudais, determinando quantos aprendizes
podia contratar um patrão. Os sindicatos eram considerados ilegais na sua
maioria, quase não existia legislação social e a grande maioria da população era
muito pobre.
Apesar disso, Smith captou os atributos fundamentais no sistema
econômico que ainda não estavam completamente desenvolvidos na sua época:
1. Uma sociedade de pessoas competitivas à procura de lucro, que
pudessem assegurar seu ordenado, fornecimento material, mediante o mecanismo
auto-regulador do mercado.
2. Este tipo de sociedade tende a acumular capital e, ao fazê-lo,
estimula sua produtividade e riqueza.
O interessante das observações de Smith é que muitas delas ainda
são de grande relevância para o mundo moderno. Os economistas da atualidade ainda
continuam sendo seus alunos.
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Bibliografia consultada:
Internet
Enciclopédia Abril
Enciclopédia Universal
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