quinta-feira, 8 de setembro de 2011

INTERNET-TRABALHOS EM REDE

                                     Trabalho de Redes

INTERNET


Sumário
1 - Histórico e Descrição Geral
1.1 - O que é a Internet ?
1.2 - Tornando-se um Usuário da Internet
1.3 - A Gestão da Internet e sua Etiqueta
1.4 - A Internet no Brasil
1.5 - Como Utilizar a Internet
2 - Protocolos da Internet
2.1 - Modelo OSI
2.2 - TCP/ IP
2.3 - SLIP
2.4 - PPP
2.5 - UUCP
2.6 - HTTP
2.7 - FTP
3 - Tipos de Acessos
4 - IntraNet
5 - Ferramentas de Desenvolvimento de Home-Pages (Sites)
5.1 - HTML
5.2 - JAVA
6 - Realidade Virtual
7 - Provedores de Acesso
8 - Navegadores da WEB
9 - Tendências
10 - Segurança
11 - Novidades e Curiosidades
12 – Glossário
1 - Histórico e Descrição Geral

            Em janeiro de 1969, a ARPA (Departamento de Defesa dos EEUU) começou a financiar a pesquisa e o desenvolvimento de uma nova rede de computadores chamada Arpanet. O trabalho foi desenvolvido por equipes de engenheiros de hardware e de software. A companhia Bolt, Beranek and Newman, Inc (BBN) foi considerada para construir os primeiros componentes da Arpanet. Foram eles que produziram o primeiro processador para mensagens (Interface Message Processors ou IMPs). Os primeiros IMPs foram entregues em setembro de 1969 para os primeiros quatro nós da rede: o Stanford Research Institute (SRI), a Universidade da Califórnia em Santa Barbara, a Universidade da Califórnia em Los Angeles e a Universidade de Utah. Em 2 de setembro de 1969, os quatro locais conectados em rede começaram a trocar informações. Estava inaugurada a Arpanet.
            A Arpanet foi inicialmente um experimento para determinar que tipos de projetos de rede iriam funcionar, quão robustos este projetos deveriam ser e que quantidade de informações eles poderiam transmitir. Um dos principais desafios iniciais foi projetar uma rede que pudesse continuar funcionando se algumas de suas seções deixasse de operar. Outro objetivo da pesquisa e desenvolvimento iniciais foi criar uma rede que permitisse a inclusão ou remoção de nós com bastante facilidade. Finalmente a rede deveria permitir a interconexão entre computadores de diferentes fabricantes de maneira fácil.
            Um dos principais resultados produzidos pela Arpanet foi o desenvolvimento de um novo protocolo para redes de computadores. O protocolo de uma rede é um conjunto formal de regras que os computadores conectados a uma rede usam para falar uns com os outros. Todos os computadores, independentemente do fabricante, tinham de usar o novo protocolo para serem capazes de se comunicar em rede. Este novo protocolo para redes envolvia uma nova tecnologia chamada comutação por pacotes (packet switching).
            Comutação por pacotes é uma forma pela qual diversos segmentos de uma rede de computadores podem compartilhar um meio de transmissão comum. Ao invés de enviar um grande bloco de dados através de uma linha dedicada para o computador destinatário, uma rede baseada em comutação de pacotes subdivide os dados em pequenos pedaços; cada pedaço é enviado através de uma linha de transmissão comum em um pacote que também contém informação sobre origem e destino. Esta informação permite com que muitos pacotes viagem através da mesma rede para chegar todos ao final ao mesmo destino. Componentes dedicados da rede chamados nós para comutação de pacotes roteiam os pacotes da origem para o destino usando a informação contida no próprio pacote. Com esta tecnologia, quando uma parte da rede se torna fisicamente não acessível, os dados podem ser enviados por diferentes caminhos para o seu destino.

           


            Durante os anos 70, pesquisadores que utilizavam as tecnologias da Arpanet, começaram a fazer experimentações com novos protocolos de comunicação, projetados para serem mais simples e confiáveis. Este novo protocolo se tornou o TCP/ IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol). Ao mesmo tempo, o Xerox Palo Alto Research Center estava explorando a comutação de pacotes em cabos coaxiais o que deu origem à rede local EtherNet. Estes dois desenvolvimentos fariam com que a Arpanet original fosse alterada e se expandisse muito para se tornar a atual Internet.
            Durante o início dos anos 80, todas as redes foram convertidas para protocolos baseados em TCP/IP e a Arpanet se transformou na espinha dorsal (backbone) que estabelecia a conexão física entre os principais nós (sites) da nova Internet que compreendia todas as redes TCP/IP ligadas a Arpanet. Em 1983, a conversão para TCP/IP foi completada e todas as redes passaram a se conectar através deste protocolo. Naquela época a Internet ainda era pequena. Em 1981, todos os computadores hospedeiros (hosts) ligados à Arpanet eram 213. Em 1986 a tabela de máquinas hospedeiras na Internet já chegava a 2308.

1.1 - O que é a Internet ?

            A Internet é hoje uma coleção de milhares de computadores que interligam milhões de computadores. Estes são utilizados por cerca de 40 milhões de usuários que compartilham um meio comum permitindo a interação entre eles para a troca de informações digitalizadas. Esta rede cresce atualmente a uma taxa de 8% ao mês.
            A Internet pode ser vista como um enorme espaço destinado à troca de informações. Por esta razão, ela tem sido chamada de CyberSpace ou por outras designações semelhantes.
            Os benefícios da Internet podem ser descritos, numa primeira aproximação, através dos seguintes ítens:

¨    Pode-se trocar informações de forma rápida e conveniente;
¨    Pode-se ter acesso a especialista em milhares de especialidades;
¨    Pode-se obter atualizações constantes sobre tópicos de interesse;
¨    Pode-se disponibilizar dados pessoais ou institucionais para uma enorme audiência;
¨    Pode-se formar equipes para trabalhar em conjunto independentemente de distâncias geográficas;
¨    Pode-se ter acesso a vária formas de arquivos e repositórios de informações;
¨    Pode-se traduzir e transferir dados entre máquinas localizadas em locais quaisquer;



            Aos benefícios mencionados, também ajuda na caracterização, a apresentação de alguns fatos sobre o que a Internet é e o que ela não é:

¨    A Internet é, simultaneamente, uma entidade local e internacional que permite a interação entre usuários separados por uma parede de escritório ou por um oceano;
¨    A Internet não é um hardware ou um software específicos;
¨    A Internet não é uma rede de computadores única, mas um grupo de redes organizadas logicamente (mas não fisicamente) segundo uma hierarquia;
¨    A Internet não é propriedade de ninguém: de nenhum governo, corporação ou grupo de universidades;
¨    A Internet não é igual em todos os lugares (homogênea). Ao contrário, ela varia significativamente de local para local (heterogênea);
¨    Algumas das redes que formam a Internet podem ser restritas à educação e pesquisa, mas a Internet, em geral, não faz restrições a usos comerciais apropriados;
¨    A Internet não é a Information Superhighway. Causou-se muita confusão com toda a publicidade em torno deste projeto do governo americano. O projeto ainda não é uma realidade, diferentemente da Internet. O único consenso sobre o projeto é que ele pretende ser uma rede de comunicação de altíssima velocidade que usará novas tecnologias para transportar dados de computadores, televisão e serviços de telefone em uma única linha. Este projeto poderá ou não se integrar a Internet.
¨    A Internet é um mercado global sem limites. Não há duvidas de que estamos entrando em uma era em que negócios serão realizados entre companhias e seus clientes através de redes de computadores. O marketing no mercado global da Internet é totalmente diferente do que é utilizado na imprensa escrita, falada e televisiva. Também não há lugar para telemarketing na Internet. Só pessoas e companhias que assimilaram a cultura Internet estão sendo bem sucedidas ao fazer negócios na rede.

            Prosseguimos esta caracterização da Internet, enumerando as coisas que os usuários da comunidade Internet fazem mais freqüentemente na rede:

¨    Os usuários da rede mandam e recebem mensagens eletrônicas (email) para todas as partes do mundo. Por exemplo, o email está sendo utilizado para viabilizar a comunicação entre empresas de todo o mundo. Estudantes estão aprendendo a se comunicar via email com outros estudantes pelo mundo para obter informações sobre trabalhos e projetos. Pesquisadores localizados em diferentes países colaboram em projetos complexos usando email. O correio eletrônico está reestruturando a forma pela qual as pessoas se comunicam em todo o mundo.
¨    Os usuários da rede discutem tópicos, compartilham informações e buscam apoio para a solução de seus problemas na Internet.
¨    Membros da comunidade Internet participam de discussões sobre dezenas de milhares de tópicos através de áreas da Internet conhecidas por Usenet e através do que se convencionou chamar de listas de endereços eletrônicos. Através dos grupos de notícias da Usenet (newgroups) os usuários colocam questões para outros usuários ao redor do mundo que compartilham dos mesmos interesses. O espírito peculiar e a natureza cooperativa da Internet fazem com que um completo estranho gaste alguns minutos redigindo uma resposta para um novo correspondente.
¨    Os usuários da rede tem acesso a arquivos de dados, incluindo som, imagem e texto e a mecanismos de busca de informação na rede.
¨    A Internet causa a impressão de ser a maior biblioteca do mundo, sendo, de fato, um banco de dados on-line com tal escopo e alcance que permite o acesso a maior quantidade de informação a qual o ser humano jamais teve acesso.

            Os usuários da rede navegam ou surfam (terminologia bastante usual na atualidade) na rede para fins de entretenimento. Viajando de local para local e de país para país usando o modem o usuário pode, num dado momento, estar revendo os mapas do metrô de Tóquio em um computador em Paris e em outro estar lendo os resultados dos campeonatos regionais de futebol que estão ocorrendo no Brasil ou na Inglaterra.
            Os usuários da rede também consomem o seu tempo afixando notícias (newletters) ou gerando recursos para rede.
            Qualquer membro da comunidade Internet pode ser um provedor de informações (Information provider). Todos podem contribuir. Se alguém decide criar um espaço na rede (site) para divulgar as atividades de uma universidade ou grupo de pesquisas, a tecnologia para implementar este recurso está disponível e é simples. Se uma empresa resolve colocar na rede a sua presença institucional e seus catálogos de produto e dar assistência técnica, ela pode fazê-lo. Se os recursos colocados na rede são públicos (e uma enorme quantidade dele) é a divulgação desses recursos é totalmente livre. Se os recursos serão comercializados a empresa precisa compreender muito bem que estratégias de marketing são aceitáveis pela comunidade Internet.




1.2 - Tornando-se um Usuário da Internet

            O usuário individual ou empresa que deseje conectar-se à Internet basta possuir os seguintes recursos: um PC (personal computer) ou Macintosh com um modem, um software de correio eletrônico e um software para navegação na rede (Mosaic ou NetScape). O nível técnico requerido do usuário é equivalente ao de um usuário de processador de textos (dos menos complicados).
            O próximo passo seria entrar em contato com um Internet Service Provider para obter um endereço Internet. O usuário precisará analisar que tipo de conexão lhe será mais conveniente (custo/benefício). Ele terá a sua disposição as seguintes alternativas:

ã Uma conexão indireta que permite apenas o uso do correio eletrônico;
ã Uma conexão indireta que dá acesso apenas ao correio eletrônico e Usenet usando UUCP (Unix-to-Unix Copy Protocol);
ã Uma conexão indireta usando uma conta do tipo shell (acesso a mais recursos);
ã Uma conexão permanente TCP/IP;
ã Uma conexão temporária via modem usando SLIP/PPP;

            Cada método apresentado acima difere em complexidade, custo, funcionalidade e facilidade de uso. O que é mais apropriado depende das circunstâncias. O uso de SLIP/PPP através de uma linha discada parece ser a opção cada vez mais atraente para usuários Macintosh ou Microsoft Windows. Uma ligação permanente vai se justificar quando uma organização se tornar um usuário sofisticado da Internet.
            Uma vez conectado na rede, o novo cidadão da Internet deverá fazer uso de alguns recursos de software para mandar mensagens, localizar e recuperar informações e percorrer o universo Internet. Todos os recursos estão hoje no software de correio eletrônico e em dois softwares concorrentes chamados Mosaic e NetScape (que praticamente desempenham todas as demais funções).








1.3 - A Gestão da Internet e sua Etiqueta

            A Internet é uma associação informal de redes que concordaram em adotar padrões comuns de comunicação. Os protocolos de comunicação são padronizados mas as suas implementações não são necessariamente iguais. Na medida que os padrões técnicos são observados e políticas aceitáveis de uso são observadas, um sistema local pode se conectar na Internet e se comunicar com outros sistemas.

            Uma organização foi estabelecida para supervisionar a criação, distribuição e atualização de padrões referentes a Internet. A Internet Society (ISOC) foi formada em janeiro de 1992 para desempenhar o papel de “organização guarda-chuva” com autoridade sobre todos os aspectos da administração da rede. Sua “autoridade” emana dos seus membros afiliados que podem ser quaisquer cidadãos da comunidade Internet. Os membros podem ser individuais ou institucionais mas apenas os membros individuais tem direito à voto.

A ISOC pode ser visitada na WWW através do endereço : http://www.isoc.org/.

Alguns códigos de conduta definidos pela a ISOC :

ã O Acesso à Internet é um privilégio e não um direito.

            O membro da comunidade deve se considerar um hóspede do provedor de serviços (a Internet) nas suas navegações pela rede. Na Internet acredita-se no valor do acesso aberto à informação e o serviço é prestado levando em consideração apenas o bem estar do usuário sem que nada seja pedido em troca.

ã Deve-se ser eficiente na distribuição de informação.

            O membro da comunidade deve estar cuidadosamente ciente do destino que podem tomar as suas mensagens e do impacto que elas podem causar. Isto é, principalmente, o caso de grupos de interesse na Usenet, quando, por exemplo, uma mensagem muito longa distribuída para milhares de membros do grupo pode prejudicar o tempo de acesso na rede para o restante da comunidade.




ã Deve-se ser polido no texto de mensagens e nas informações mandadas para grupos da Usenet.

            Da mesma forma como quando se usa o telefone, deve-se ser cortês e polido em todos primeiros contatos... Colocar uma mensagem em um grupo de interesse da Usenet, é como fazer um discurso informal para um fórum público.

ã Deve-se estar ciente nas transferências de informação.

            A facilidade de se poder mover dados à partir de locais distantes requer alguma auto-disciplina. Por exemplo, não transfira um arquivo de 10MB da Austrália se o mesmo pode ser encontrado em um local no Brasil.

ã Deve-se estar ciente de possíveis implicações legais.

            É preciso lembrar que forums eletrônicos públicos não estão dispensados do cumprimento das leis, por exemplo, relacionadas à fraude ou roubo.















1.4 - A Internet no Brasil

            A Internet no Brasil existe há vários anos, restrita a atividades não comerciais em universidades, institutos de pesquisa e em algumas empresas de base tecnológica. Por motivos históricos, tem o nome de Rede Nacional de Pesquisa (RNP) e é um dos três programas prioritários do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
            O CNPq, órgão do MCT, coordena de forma descentralizada a atribuição de endereços Internet, custeia iniciativas de formação de recursos humanos, opera vários nós da rede e paga à Embratel o custo das conexões dedicadas entre as capitais do país, utilizadas por todos. Os estados da Federação conveniados, por sua vez, pagam à empresa telefônica local o custo das conexões dedicadas dentro de seu território, e assim sucessivamente. O resultado deste sistema de gestão e de custeio é que não há autoridade centralizada de iniciativas, as despesas são rateadas e o usuário paga apenas o custo da conexão de seu computador até o ponto de presença da RNP mais próximo.
Daí em diante alguém está pagando e ele pode se comunicar com o mundo, arcando tipicamente com o custo de uma ligação telefônica local. Estão hoje conectadas cerca de 500 instituições em 22 estados da União, com mais de 7.000 computadores hosts e 50.000 usuários.


1.5 - Como Utilizar a Internet


USENET e Newsgroups
Se compararmos as mailing lists operadas através do software LISTSERV com uma agência de correio na qual a mensagem enviada pode ser copiada e encaminhada para uma grande quantidade de destinatários, a USENET pode ser vista como uma biblioteca pública na qual cada livro cobre a discussão de um tópico diferente.
Existem hoje mais de 7 mil newsgroups na Internet que cobrem um espectro impressionante de tópicos. Como as mailing lists, também é necessário que o usuário subscreva um newsgroup (que podia ainda ser moderado ou não). A diferença é que a subscrição a USENET é feita pelo provedor de serviço Internet do usuário e não através de email.
A USENET está dividida em nove categorias que cobrem os seguintes tópicos:
Computadores (comp), Ciência (sci), Recreação (rec), Tópicos Diversos (misc), Tópicos Alternativos (alt), Discussão sobre o Software e a Organização da USENET (news), Tópicos Sociais (soc), Tópicos “Quentes” (talk) e Negócios (biz).
Correio Eletrônico
O sistema de correio eletrônico (eletronic mail ou email) da Internet é o recurso mais usado na rede. Estima-se que a população de mais de 30 milhões de usuários da rede troque cerca de 4 mil mensagens por segundo.
O número de programas diferentes disponíveis para viabilizar o uso do correio eletrônico na rede (software para email) é muito grande, mas todos eles têm algumas características básicas comuns. Todo programa opera solicitando que o usuário preencha um campo de destinatário com o endereço de um ou mais recipientes da mensagem e um campo opcional, com o nome ou tema da mensagem (subject). Este é o envelope da mensagem.
O “corpo” da mensagem é um texto que o usuário prepara com o auxílio de um editor de textos simples fornecido pelo software de correio eletrônico que ele utiliza.
Para mandar uma mensagem para alguém, é necessário conhecer o endereço Internet da pessoa. Todos os endereços são compostos das três partes a seguir :
(a) O nome individual ou “nome da conta”;
(b) O nome do computador que a pessoa usa e;
(c) O “domínio” que descreve o tipo de rede que liga o computador à Internet (lembre-se que a Internet é uma rede de redes).
Forma geral => usuário@host.domínio, onde host é o computador ligado à Internet.
Os domínios mais usados na Internet são os seguintes:
com, para pontos de presença comerciais;
edu, para pontos educacionais;
gov, para governo;
org, para organizações sem fins lucrativos e
siglas especiais para designar países:
br, para o Brasil, mx para o México, au para a Austrália, fr para França, etc.
Listserv
O software mais difundido para manter listas em computadores centrais chama-se LISTSERV. Para se subscrever em uma lista que usa o software LISTSERV o usuário Internet deve mandar uma mensagem diretamente para o software solicitando que o seu endereço seja incluído (ou removido) da lista.
Para obter uma lista das Listas o usuário deve mandar uma mensagem para o programa LISTSERV que reside na rede BITNET no computador que armazena o seu centro de informações. A mensagem deve ser enviada para : listserv@.bitnic.bitnet. No texto da mensagem o interessado deve escrever apenas as seguintes palavras: list global. A será um conjunto de mensagens contendo uma enorme quantidade de informação.
Ligações Remotas Via TELNET
Há várias maneiras de se ter acesso à banco de dados na Internet. Uma forma bastante difundida é uma ferramenta chamada TELNET (de Telephone Network).
O programa funciona estabelecendo a conexão do usuário com um computador remoto que passará a receber tudo que for digitado no computador local. Uma vez feita a conexão, tudo que está na máquina remota aparecerá na tela do computador local.
Com TELNET é possível estabelecer uma ligação com milhares de computadores remotos localizados em diversas partes do mundo. Para usar TELNET o usuário precisa conhecer o nome do computador remoto.
Hoje em dia, os pontos de empresas (áreas contendo informações localizadas em computadores ligados à Internet) prevêem a possibilidade de um cliente usar TELNET para ter acesso às suas informações. Usando TELNET o “visitante” pode navegar à distância no computador da empresa, percorrendo catálogos, Cds, softwares e centenas de outros ítens acessíveis on-line e encomendar diretamente um produto do seu interesse. Por exemplo : gopher.if.usp.br
O uso de FTP para Transferir Arquivos
Se no computador visitado por um cliente através do TELNET, o produto comercializado pela empresa for qualquer forma de informação digitalizada e armazenada em um arquivo, o cliente deveria poder, depois de efetuar o pagamento (por exemplo, no seu cartão de crédito), transferir imediatamente o produto para o seu próprio computador. Exemplos de produtos seriam: software, livros, imagens digitais, vídeos, som etc. Isto pode ser feito se o usuário tiver acesso ao programa FTP (File Transfer Protocol).
Há duas maneiras básicas de se usar FTP. Para a distribuição de informação confidencial os arquivos são depositados em uma conta específica com uma senha secreta (password). Para a distribuição de informação de domínio público o usuário usa um serviço chamado anonymous FTP que permite que ele não necessite de uma conta na máquina em que está o arquivo para transferí-lo para sua máquina.
Para transferir arquivos para sua máquina utilize o comando como a seguir : ftp.if.usp.br
Acesso a Arquivos usando Archie
Apesar de todas as vantagens da transferência de arquivos por FTP, há um problema preliminar: como localizar os arquivos disponíveis ? Usando ARCHIE é possível localizar qualquer arquivo disponível através de FTP.
Os bancos de dados de arquivos ARCHIE, disponíveis em vários locais da Internet, contêm o nome, a localização, o nome da máquina conectada à Internet (host), tamanho do arquivo e tipo do arquivo. Existem cerca de dois milhões e meio de arquivos na Internet em mais de mil sites que estão disponíveis para FTP.
O acesso público a pontos de presença ARCHIE na rede podem ser encontrados, por exemplo, nos seguintes locais:
archie.au (Austrália), archie.edvz.uni.linz.ac.at (Áustria), archie.uqam.ca (Canadá) dentre outros.
A pesquisa de Informação Usando
GOPHER
Para usar TELNET o usuário da Internet precisa conhecer uma grande quantidade de nomes de computadores para poder explorar as informações que eles contém. O mesmo ocorre com o FTP, mesmo com a ajuda de ARCHIE. Isto motivou o desenvolvimento de GOPHER que é uma interface baseada em menus para documentos, informação e serviços disponíveis na Internet.
Pode-se usar o programa GOPHER para inspecionar (browser) os recursos da Internet, ler textos de arquivos e ter acesso a informações de todos os tipos. Com GOPHER, percorre-se uma série de menus aninhados para localizar informação em qualquer computador conectado à rede que esteja usando o software GOPHER.
O aspecto mais interessante deste serviço é que qualquer sistema pode incluir diversas ligações para outros servidores GOPHER. O resultado é um sistema de informação que cobre toda Internet e que se costuma chamar de Ghoperspace.
As Instalações GOPHER também provêm saídas para outros sistemas de informação na Internet, como o ARCHIE e World Wide Web, assim, como saídas para serviços como TELNET e FTP. Quando o usuário tem acesso a uma instalação GOPHER, os arquivos que aparecem listados no menu apresentado na tela podem estar localizados em qualquer parte da rede (localmente ou do outro lado do mundo). O acesso a informação é feito, simplesmente, selecionando-se um ítem do menu.
A empresa que tem produtos a oferecer no mercado da rede ou informação para distribuir, pode instalar o seu próprio serviço GOPHER e interconectá-lo ao Gopherspace. Para ter acesso o usuário deve direcionar o seu cliente GOPHER como no exemplo : gopher.if.usp.br
Navegando na Internet com o World Wide Web (WWW)
O maior problema com GOPHER é que os nomes usados como ítens nos menus devem ficar restritos a uma linha de texto. Se um parágrafo de informação é necessário para explicar no que consiste um ítem (que pode se referir, por exemplo, a um arquivo com um texto complexo ou um software), GOPHER não está preparado para resolver o problema.
A World Wide Web, é um conjunto de milhões de páginas de informação distribuídas pela rede. Cada WWW site, como uma instalação GOPHER, é um conjunto de páginas sobre um determinado assunto, instituição, indivíduo ou grupo de indivíduos. Um site WWW, tipicamente, está interconectado com muitos outros sites (como no Gopherspace).
Cada página de um site ou ponto de presença WWW pode conter informação textual e gráfica e informação na forma de vídeo ou de audio. Nas páginas da WWW qualquer palavra, frase, figura ou ícone pode ser “marcada” para funcionar como “endereço” (hot words) de outras páginas em um sistema hipertexto. Isto permite o deslocamento entre páginas com o simples uso do mouse (apontando para o que está marcado e apertando o botão). Dissemos, anteriormente, que o GOPHER permite o acesso aos demais serviços da Internet (ex.: TELNET e FTP). Isto vale para a WWW que inclui, também, o próprio GOPHER.
A diferença entre instalar um GOPHER (que é uma árvore de ítens de vários níveis, cada um deles permitindo o acesso a informação local e remota, a serviços e a outros GOPHERS) e um WWW site (um conjunto de páginas com a estrutura de hipertexto) é significativa em termos do esforço requerido.
Do ponto de vista do conteúdo, a diferença é pequena: é como “vestir” os menus do GOPHER com “informação contextual”. O menu inicial de uma instalação de GOPHER corresponderá a “página de abertura” de um site WWW.
Do ponto de vista de projeto e de codificação a diferença é substancial. O projeto deverá explorar, além de bons textos, todos os recursos visuais disponíveis na WWW (artistas gráficos e comunicadores visuais são bem vindos). A codificação das páginas do site deve ser feita usando uma linguagem de marcação de textos chamada HTML (Hypertext Markup Language) que permite indicar, em cada página, o que é texto normal, o que é figura, o que é um ícone de ligação com outra página e muito mais.
Cada página da WWW tem um endereço expresso por uma URL (Uniform Resource Locator). Para navegar o sistema hipermídia que é o universo de sites da WWW chamado de browser.
Para ter acesso a um dado site, o usuário só precisa informar ao browser a URL (endereço) do ponto de presença desejado. A página é aberta no ponto indicado e a partir daí o usuário “navega” apontando o mouse para os pontos de ligação indicados nas páginas.
Um endereço WWW tem o seguinte aspecto: http://<endereço do site>
Os browsers também permitem o uso de outros serviços da rede. Por exemplo, o uso de endereços como apresentados abaixo:
gopher://<endereço do site> e ftp://<endereço do site> , levariam a uma instalação de GOPHER, a partir da qual o usuário poderia prosseguir a navegação por menus ou a um site do qual o usuário poderia recuperar arquivos.



2 - Protocolos da Internet

            É um conjunto de regras e padrões que descrevem modos e operação para que os computadores possam trocar dados.
            A Internet é uma Rede baseada no sistema Unix, sendo estruturada de acordo com o modelo de camadas OSI - Open Systems Interconnect. Esse modelo revolucionou a interligação de computadores, através da independência entre os fornecedores de software, pois prevê um padrão rígido para conexão de computadores em vários aspectos, desde a ligação física até a ligação de aplicações.

2.1 - Modelo OSI

APLICAÇÃO
APRESENTAÇÃO
SESSÃO
TRANSPORTE
REDE
LIGAÇÃO
FÍSICA

            No Modelo OSI, existem 7 camadas de ligação entre dois computadores:

¨    Camada Física
                       
       Aqui é tratada a ligação física entre dois sistemas. Pode ser através de cabos comuns, fibra ótica, ondas de rádio ou via satélite.

¨    Camada de Ligação
                       
       Regula a comunicação física. Qual é a voltagem para sinalizar mudanças de estado? Qual a freqüência destas alterações?

¨    Camada de Rede

       Esta camada identifica as máquinas conectadas, assinalando os endereços na Rede. Ela também regula o “empacotamento” das mensagens a serem enviadas.

¨    Camada de Transporte
       Os pacotes enviados podem chega em ordem diferente da que foram enviados. A camada de transporte cuida da reordenação e checagem dos pacotes de mensagens.

¨    Camada de Sessão

       Pode-se estar conectado a diversos outros computadores. Cada conexão é uma “sessão” diferente. Nesta camada os pacotes são destinados as sessões apropriadas.

¨    Camada de Apresentação

Aqui os pacotes são “abertos” e a mensagem montada exatamente como foi transmitida.

¨    Camada de Aplicação

       Esta camada é tratada pelo programa que originou ou recebeu a mensagem. Cada programa “sabe” o que fazer com as mensagens recebidas.

            Alguns protocolos de Rede englobam várias camadas em uma ou duas camadas genéricas.


2.2 - TCP / IP ( Transmission Control Protocol / Internet Protocol )

WWW, FTP, MAIL...

TCP

IP
MODEM
RS-232

            É uma língua híbrida utilizada para transmitir mensagens entre computadores com sistemas operacionais diferentes.
            Na Internet, supondo que se está acessando via Modem, as camadas Física e de Ligação são deixadas a cargo da RS-232-C e do Modem. A camada de Rede é controlada pelo IP, que designa o endereçamento dos computadores e regula o formato dos pacotes de mensagens.

            Os endereços IP são formados por quatro números, separados por pontos. Cada servido da Internet tem seu próprio endereço IP. Você não tem um endereço fixo, pois o servidor lhe emprestará um endereço quando você conectar.
            O TCP se ocupa das camadas de Transporte, Sessão e Apresentação. Os protocolos de Aplicação são tratados pelo programa aplicativo que gera ou recebe suas mensagens. Como existem vários aplicativos na Internet, existem também vários protocolos de Aplicação: Mail, Telnet, FTP, Archie, Gopher, Wais e WWW (HTTP).


2.3 - SLIP ( Serial Line Internet Protocol )

            Protocolo que permite acesso a Internet, sendo um dos responsáveis pela popularização da rede. Está sendo substituído pelo PPP. Este tipo de conexão é a mais poderosa forma de acesso à rede por modem, pois o micro passa a ser um node da Internet e não mais um terminal remoto. Com este protocolo, você roda software no seu micro e este interage com as informações e outros computadores na Net.

2.4 - PPP ( Point-to-Point Protocol )

            Protocolo que permite acesso a rede com interfaces gráficas.

2.5 - UUCP ( Unix to Unix Copy Protocol )

            É um método para designar computadores que não estão on-line com a rede, mas que usam o protocolo UUCP para manter conexões intermitentes com a mesma. Os endereços UUCP são usados para subsistemas que não são ( ainda ) um “Site” da rede. Eles também são usados por usuários que utilizam somente o E-Mail e que não precisam permanecer conectados à rede para manipular a correspondência eletrônica.

2.6 - HTTP ( Hypertext Transfer Protocol )

            Este protocolo regula as comunicações na World Wide Web. Ele possui uma série de comandos que são transparentes para quem usa programas como: Mosaic, Cello e Web Explorer. O HTTP basicamente trata de transferências de arquivos entre duas máquinas. Estes arquivos são codificados em uma linguagem de Hipertexto chamada HTML ( Hypertext Markup Language ). Estes arquivos são as Home-Pages que estão cadastradas na Internet.


2.7 - FTP (File Transfer Protocol )

            A recuperação de arquivos localizados em computadores remotos é feito através de um software chamado FTP. Ele é utilizado para transferir documentos (software, texto, imagem e som) tornando-os disponíveis na Internet por indivíduos ou instituições.





3 - Tipos de Acessos

            Uma vez dentro da Internet, muita gente fica perdida, sem saber que rumo tomar. Por isso, vale ressaltar que existem três tipos de acesso que um usuário normal pode utilizar. O primeiro é o UUCP, oferecido por várias BBS’s atualmente. Com ele, é possível apenas mandar e receber E-Mail. Na verdade, o usuário pode fazer diversas operações via mail, além de mandar mensagens, mas mesmo assim fica bastante limitado em suas opções.
            O segundo tipo de acesso resume-se a ter uma conta em um computador ligado diretamente na Internet ( host ). Nesta opção, o usuário pode usar qualquer programa ( cliente ) que esteja instalado em seu host. Mas se estiver conectado via modem não poderá usar programas gráficos ( há limitação por causa do tipo de conexão ). Para se usar um terminal remoto é necessário um programa de comunicação.
            O terceiro tipo de conexão é o chamado SLIP/PPP. Estes são os dois protocolos que fazem com que o computador torne-se temporariamente um nó da Internet. Assim, o usuário pode rodar qualquer cliente ( programa ) que esteja instalado no micro, inclusive softwares para visualizar gráficos ( principalmente os Browsers de WWW ). Para isso, é necessário utilizar um kit de acesso SLIP ( ou PPP ) que normalmente é oferecido pelo provedor de serviço.




4 - Intranet

            A palavra Intranet apareceu no vocabulário de informática e de administração empresarial a apenas alguns meses. Nos Estados Unidos, 16% das corporações já têm sua Intranet, enquanto outras 50% planejam implantá-la. Não se conhece tecnologia que tenha se alastrado com tamanha rapidez.
            O que caracteriza a Intranet é o uso das tecnologias da World Wide Web no ambiente privativo da empresa. Em vez de circular publicamente pelo mundo, como na Internet, as informações confinadas numa rede Intranet são acessíveis apenas à organização a que pertencem e às pessoas autorizadas por ela a consultá-la. Por suas características, esse tipo de rede é uma poderosa ferramenta de gestão empresarial e, ao mesmo tempo, um meio de viabilizar o trabalho em grupo na organização. Por causa desse duplo papel, ela pode substituir tantos sistemas de informação para executivos (EIS) como os de computação colaborativa.
            Quando comparada com essas soluções clássicas, a Intranet ganha no custo, na facilidade de uso e na flexibilidade. A facilidade e uso da Web encanta os usuários e alivia o orçamento da empresa dos custos de treinamentos e suporte normalmente associados à implantação de produtos como o Lotus Notes.
            O usuário dessa Web particular pode trabalhar com Macintosh, PC ou estação Unix. Não importa, ele verá o mesmo documento em qualquer um desses ambientes computacionais. Para isso, precisa apenas de um navegador de WWW, ou browser. Um clique com o mouse sobre um link, assinalado no documento em azul ou outra cor específica, traz uma nova página para a tela do micro. Um toque sobre o botão identificado por uma seta apontando para a esquerda reabre a última página visitada. É sempre assim, em qualquer tipo de computador e em todas as aplicações da Intranet.
            Um indício de que a Web interna traz bons resultados é o fato de que as organizações que falam dela com mais entusiasmo são aquelas que implantaram suas redes a mais tempo. A Hewlett-Packard, por exemplo, opera uma das maiores Intranets do mundo, a Eletronic Sales Partner, ESP, voltada para a comunicação com seus distribuidores e revendedores. Nela, estão disponíveis 13.000 documentos, que totalizam 5.000 gigabytes de informação. Entre eles, há manuais técnicos, catálogos, listas de preços, anúncios de promoções especiais e materiais promocionais consultados por 7.000 usuários.
            O requisito básico é uma rede de micros. Se ela já existe, instalar o software e colocar o sistema no ar é algo que demora algumas poucas semanas, custa pouco e exige apenas conhecimentos amplamente disponíveis. Quanto ao Servidor não existe uma regra exata para dimensioná-lo. É recomendado como ponto de partida, um Pentium 133Mhz com 64Mb de memória e 4Gb de disco SCSI. Esta configuração é capaz de atender a mais de uma centena de seções HTTP simultâneas.
            Os softwares para Intranet estão disponíveis em praticamente todas as plataformas. É recomendável escolher um ambiente robusto, com boas ferramentas de segurança e gerenciamento. Historicamente, o Unix tem sido preferido nessa função. É para ele que foi criada a maior variedade de programas capazes de implementar e gerenciar essas redes. No entanto, o Windows NT vem emergindo como alternativa atraente.
            O NetWare aparece como uma opção para a empresa que já possui uma rede Novell e quer aproveitar um servidor existente. Sua principal limitação é a escassa oferta de softwares de Intranet. O programa básico que vai implementar a rede é o servidor de Web, também chamado de servidor HTTP. Em geral, ele proporciona vários outros serviços aos usuários, além de suprir as páginas de hipertexto que caracterizam a Web.
            Outro software básico é um servidor de correio eletrônico que, na Internet e nas Intranets, segue o padrão SMTP/POP3. O Unix já vem com uma ferramenta desse tipo, mas ela oferece poucos recursos, o que torna recomendável a instalação de um programa adicional.
            Um servidor de grupos de discussão também é útil. Ele cria newsgroups semelhantes aos da parte da Internet conhecida como Usenet. A empresa pode definir, por exemplo, uma área para a troca de informações sobre um determinado aplicativo ou sobre ocorrências de suporte e de manutenção.
            Outro serviço popular na Internet, o Telnet ( emulação de terminal ) serve, na corporação, apenas para permitir a administração remota do servidor. Essa facilidade está disponível nativamente no sistema Unix. O recurso de conversa on-line do tipo IRC, Internet Relay Chat, é outro opcional que pode ser agregado ao sistema. Normalmente, não é necessário adquirir todos esses programas separadamente. Pacotes como o da Netscape e o da Microsoft oferecem vários desses serviços integrados.
            As páginas que circulam na Web seguem o padrão HTML. A cada mês, surgem novas ferramentas que facilitam a criação desse tipo de documento.
            Entre os softwares de editoração, o primeiro a contar com conversores para o formato HTML foi o FrameMaker, originário do ambiente Unix. Vários outros editores de HTML estão disponíveis no mercado. Contudo, até o final deste ano, produzir um HTML será um recurso tão fundamental nos aplicativos quanto imprimir um documento ou salvá-lo em disco. Raramente será necessário um software específico para isso. Outra abordagem é desenvolver um programa que gere automaticamente a página de hipertexto, a partir de dados digitados num formulário. Isso funciona muito bem para documentos padronizados, como memorandos, circulares, solicitações e informativos diversos.
            Para que a Intranet atinja seu pleno potencial como ferramenta de gestão, ela deve comunicar-se com os bancos de dados da empresa. Assim, seus executivos poderão utilizar o navegador de WWW para acessar as informações corporativas. A maneira clássica de fazer essa ligação é por meio da interface CGI, Common Gateway Interface. Cria-se um formlário em HTML no qual o usuário vai especificar que informações deseja consultar. Um programa, desenvolvido em Perl ( Practical Extraction and Report Langrage ) ou em outra linguagem de programação, recebe a solicitação pela CGI e se encarrega de repassá-la ao gerenciador de banco de dados.
            Atendido o pedido, os dados são inseridos em uma página HTML, que é enviada ao usuário que a requisitou. Um exemplo típico de aplicação desse tipo é um banco de dados de telemarketing. O profissional que atende ao telefone preenche um formulário com os dados a registrar. Para buscar uma informação específica na base de dados, utiliza outro formulário. A comunicação entre o aplicativo e o gerenciador pode ser feita por meio da linguagem SQL, pelo padrão Microsoft ODBC ou pela linguagem de consulta nativa do gerenciador.
            Apesar de amplamente utilizado na Internet, o CGI tem limitações de segurança, flexibilidade e recursos.
            Mesmo com uma rede totalmente privativa, é possível ter conexões remotas por meio de linhas telefônicas discadas ou dedicadas. No entanto, muitas companhias preferem ligar suas Intranets à Internet e, assim, aproveitar a estrutura de comunicação da rede mundial. Essa abertura para o mundo externo possibilita, ainda, que os parceiros comerciais da empresa acessem seus registros para obter determinadas informações. A conexão com a Internet é potencialmente perigosa porque cria uma porta por onde os eventuais sabotadores e bisbilhoteiros podem entrar nos sistemas da empresa. Por isso, requer cuidados especiais com a segurança.
            O principal deles é a instalação de um firewall ( parede contra fogo ), uma espécie de guarda de fronteira que passa a controlar que tipo de informação pode entrar ou sair da empresa. A maneira mais segura de implementar isso fisicamente é definir um segmento à parte na rede apenas para os servidores que terão acesso pela Internet. Esse segmento se liga à rede interna da companhia por meio de um roteador ou do próprio firewall. A conexão física com um ponto de acesso à Internet - a Embratel, por exemplo - é feita por um modem ligado a uma linha de comunicação dedicada e ao roteador.
            Embora haja equipamentos especialmente construídos para atuar como firewall, a maneira mais comum de implementar esse aparato é rodando um software específico num servidor equipado com duas placas de rede. Há dois tipos básicos de firewall. O primeiro atua como um filtro de pacotes. O protocolo TCP/IP, que forma a base da Internet e das Intranets, divide a informação em pequenos pacotes. Cada um deles contém, entre outros elementos, seus endereços de origem e de destino. O firewall de pacotes verifica esses endereços, barrando a passagem quando se tratar de um emissor não autorizado.


            Há muitas histórias de hackers habilidosos que conseguiram enganar um firewall de pacotes e invadir um sistema. Um método popular consiste em filtrar todos os pacotes por meio de um programa que falsifica o endereço do emissor de forma a dar a impressão de que o acesso está sendo feito de dentro da empresa. Para evitar isso, muitas organizações protegem suas Intranets com firewalls de aplicações, considerados mais seguros. O firewall de aplicação analisa a solicitação de acesso e verifica que tipo de serviço o usuário está querendo obter.
            Além da instalação do firewall, há outros cuidados a tomar para garantir a segurança na Intranet. Os usuários devem ser divididos em grupos com direitos de acesso específicos. Assim, por exemplo, apenas determinados executivos conseguirão obter dados financeiros da companhia. Todos devem ter um controle de senha para ingressar no sistema. O servidor deve ficar fisicamente protegido para que somente os operadores do sistema possam manuseá-lo. Por fim, é indispensável ter um no-break e uma programação de backup ( produção de cópias de segurança ) para todos os documentos armazenados. Com esses cuidados, o risco de ter uma rede de portas abertas para o mundo pode ser mantido sob controle. Ao mesmo tempo, evita-se o risco maior de, por falta de uma comunicação interna eficiente, a empresa tornar-se menos competitiva e perder espaço para os concorrentes.

Como a Intranet é ligada à Internet




5 - Ferramentas de Desenvolvimento de Home-Pages (Sites)

Com o advento da WWW o endereço eletrônico deixou de ser uma linha de caracteres para se tornar um espaço com luz, cor, possibilidade de som, imagem e movimento. Esse caminho é a Home-Pages que se esconde atrás dos URL’s ( Uniform Resource Locator, os endereços na Internet ).
Nelas existem palavras em destaque ( Links), que levam os leitores à outras páginas utilizando o recurso de HiperTexto. Mas o que é HiperTexto ? É uma filosofia de construir sistemas para a produção, recuperação e apresentação da informação em NOS( nodes ) e organização desses nos em uma ou mais estruturas de navegação. A principal características do HiperTexto é a possibilidade de navegação ano linear, isto é, ano seqüencial, ao contrário dos sistemas convencionais em que os registros são apresentados na ordem em que estão armazenados. No HiperTexto é possível ir e vir “saltando” entre páginas sem se perder( função de BackTrack ).
 Este mercado está crescendo de forma exponencial, porém a lenta velocidade de transmissão de dados pela Internet no Brasil é atualmente o maior obstáculo para o crescimento do mercado de páginas WWW.

            5.1 - HTML

HTML( HyperText Markup Language ) é uma linguagem de elaboração de páginas WEB com uma formatação de tela específica. A elaboração de um programa na linguagem HTML exige um Browser, software responsável pela visualização das páginas, e um editor de texto que suporte o padrão ASCII.
Dois tipos de comandos regem a linguagem HTML: os que se destinam a formatar a aparência da página, com seus elementos - com textos e imagens - , e os responsáveis pela criação dos Links com outras páginas da rede. Estes comandos também são chamados de Tag.
Apesar da linguagem HTML ser predominante, hoje em dia, em termos de Internet por sua simplicidade( e consequente limitabilidade ), esse nicho de mercado já está saturado pelos profissionais da área pelo fato de ser uma linguagem que não permite o recurso de estruturas lógicas, não passando de um simples editor de textos com alguns recursos adicionais. Com isso surge a sensação do momento: JAVA. Uma linguagem orientada a objetos que se coloca na linha de frente da modernidade, não fosse sua independência em relação a plataformas de Hardware e Software.


            5.2 - JAVA

“O JAVA está para o software como a Web para a informação”. Paradigma usado pelos desenvolvedores desta linguagem para definir sua importância atualmente. Esta linguagem está provocando uma mudança radical nos princípios da computação. Primeiro porque é totalmente aberta, rodando em qualquer micro, independente da plataforma ou do sistema operacional. Segundo, porque permite a utilização de várias mídias ao mesmo tempo. Com isso, as possibilidades para as artes gráficas, multimídia e interação passam a ser praticamente ilimitadas.
A história do Java começou no início dos anos 90, numa época em que muito se trabalhou pelo conceito de casa inteligente. O projeto original da Sun Microsystems - chamado Oak - era criar uma linguagem leve, com códigos pequenos e que servisse para controlar produtos eletrônicos de consumo. Em 1994, a Sun percebeu que a Internet, mais especificamente a WWW, teria espaço para essa linguagem, caracterizada pela independência de plataformas e sistemas operacionais e concebida para redes.
Essa liberdade de plataformas se deve à forma como os programas em Java são executados. Normalmente os programas têm seus códigos compilados, ou seja, traduzidos para o código nativo da máquina onde vão ser executados. No caso do Java é diferente: o processo de compilação gera apenas um novo código em formato intermediário chamado bytecode. Ele é interpretado e executado por um runtime, que por sua vez também é um programa que conhece a máquina onde está rodando e isso lhe permite traduzir os bytecodes para o formato nativo. O uso de runtimes também não é uma novidade, assim como o fato de que essa forma de operação consome mais processamento.
Portanto o Java é uma linguagem orientada por objeto, interpretada, com alto grau de portabilidade, com recursos de multitarefa e bem rápida. Pogramar em Java é basicamente seguir uma linha de criação de objetos para usá-los dentro de uma estrutura maior e invocá-los dentro de uma página HTML. Estes objetos são feitos em formas de applets, programas escritos que podem ser rodados por um browser a fim de executar alguma operação.
O Java já foi apelidado na Sun de C++-, porque é um C++ sem as funções de baixo nível (de controle de máquina). O desenvolvedor se preocupa somente em administrar os recursos da sua aplicação, enquanto o runtime se incumbe de administrar a máquina. Os custos para os desenvolvedores em linguagem Java ficam bastante reduzidos. Primeiro pelas prórprias características de OOP e também porque os códigos são desenvolvidos uma só vez e já estão automaticamente disponíveis para rodar em todas as plataformas que tiverem um runtime Java licenciado pela Sun. Ainda na lista de vantagens está o fato de o Java ter sido desenhado para pensar em rede.
Talvez um dos recursos mais importantes do Java e que está realmente tornando-o um padrão para linguagem de criação das futuras Home-Pages seja a possibilidade do uso de som e imagens, ou seja, de trazer os recursos de multimídia para a Web. Dentro da documentação do Java existem duas applets para movimentação e som. Estas duas applets podem mostrar o poder total do Java em aplicações HTML.
A principal e talvez mais poderosa opção que o Java nos oferece, é trazer a multimídia para o ambiente Internet. Teremos mais recursos e atrativos para criarmos páginas que chamem mais a atenção do Internauta.
Numa hora em que se revê toda a filosofia de trabalho em redes cliente/ servidor, repensando-se tudo em função do protocolo TCP / IP, o Java pode ser uma boa resposta e um caminho promissor para o processamento distribuído tanto dentro da empresa quanto através da Intenet.

Http://Java.Sun.com

6 - Realidade Virtual

  Realidade Virtual é a simulação de um espaço físico, existente no imaginário no qual um indefinido número de pessoas podem interagir entre si, com o próprio meio ou com seus constituintes.
            Nascida em meados dos anos 70, a Realidade Virtual era voltada principalmente para pesquisas militares e científicas. A NASA, como principal precursora desta tecnologia, desenvolveu-a, unida à robótica, a fim de manipular robôs a distância.
            Antes disso, em 1840 Alessandro Volta testou um equipamento capaz de projetar “sons” no cérebro, sem que nenhum ruido fosse emitido. Tal “som” virtual era emitido por um aparelho que nem mesmo precisava estar ligado ao cérebro, mais a nervos sensores dos dedos. Um pouco mais tarde em 1930, outro pesquisador conseguiu enviar imagens - borrões - direto ao cérebro. Tais fatos são denominados Projeções Neurais. Isto poderá futuramente se tornar mais uma das interfaces da Realidade Virtual.
            A Realidade Virtual vem pouco a pouco saindo de quartéis e laboratórios e já pode ser vista e sentida em áreas como arquitetura, medicina, publicidade, indústria e, claro, entretenimento.
            A medicina também tem sido foco de atenção dos desenvolvedores dessa tecnologia. Assim como pilotos militares participam de cansativas simulações antes de enfrentar suas primeiras missões contra inimigos reais, estudantes de medicina treinam suas primeiras cirurgias em ambientes virtuais. Também ressalta-se o fato de futuramente médicos efetuarem operações sem mesmo encontrarem-se numa sala de operações, podendo estar a quilômetros de distância do paciente.
            Na área industrial, as aplicações também são variadas. A Volvo sueca, reconstruiu em laboratório um trecho de 7 quilômetros de uma estrada local onde, antes do lançamento do veículo no mercado, um test driver recolhe informações sobre o comportamento da nova máquina em situações "reais".
            Outro aspecto a se pensar é que futuramente a Realidade Virtual poderá causar o isolamento dos indivíduos, pois ela possibilitará que você realize tarefas em lugares distantes sem a necessidade de estar presente, mas também incentivará os avanços nos estudos em diversos ramos de atividades, pois não haverá mais a necessidade de se viajar para o exterior para se ter uma boa formação profissional.



8 - Navegadores da WEB

            O navegador de WWW é a ferramenta mais importante para o usuário de Internet. É com ele que se pode visitar museus, ler revistas eletrônicas, fazer compras e até participar de novelas interativas. As informações na Web são organizadas na forma de páginas de hipertexto, cada um com seu endereço próprio, conhecido como URL. Para começar a navegar, é preciso digitar um desses endereços no campo chamado Location ou Address no navegador. O sotfware estabelece a conexão e traz, para a tela, a página correspondente.
            O navegador não precisa de nenhuma configuração especial para exibir uma página da Web, mas é necessário ajustar alguns parâmetros para que ele seja capaz de enviar e receber algumas mensagens de correio eletrônico e acessar grupos de discussão (news).
            O World Wide Web foi inicialmente desenvolvido no Centro de Pesquisas da CERN (Conseil Europeen pour la Recherche Nucleaire), Suíça. Originalmente, o WWW era um meio para físicos da CERN trocarem experiências sobre suas pesquisas através da exibição de páginas de texto. Ficou claro, desde o início, o imenso potencial que o WWW possuía para diversos tipos de aplicações, inclusive não-científicas.
            O sucesso do projeto atraiu a atenção de outros centros de pesquisas, tais como a NCSA, que possui sua base na Universidade de Illinóis em Urbana- Champaign e o MIT (Massachussetts Institute of Technology). O principal centro do World Wide Web Consortium (ou W3C), está sediado hoje nesta última instituição.
            O WWW não dispunha de gráficos em seus primórdios, apenas de hipertexto. Entretanto, em 1993, o projeto WWW ganhou força extra com a inserção de um visualizador (também conhecido como browser) de páginas capaz não apenas de formatar texto, mas também de exibir gráficos, som e vídeo. Este browser  chamava-se Mosaic e foi desenvolvido dentro da NCSA, por um time chefiado por Mark Andreesen. O sucesso do Mosaic foi estrondoso: Chris Wilson, da NCSA, dizia que via centenas e centenas de downloads da versão alfa deste browser por dia.
            Depois disto, várias outras companhias passaram a produzir browsers que deveriam fazer concorrência ao Mosaic. O próprio Mark Andreesen partiu para a criação da Netscape Communications, criadora do browser Netscape. Surgiram ainda o Cello, o AIR Mosaic, o SPRY Mosaic, o Microsoft Internet Explorer e muitos outros browsers. Até hoje, o mais famoso é  o Netscape, que levou Mr. Andreesen a fama mundial.
            Entretanto os browsers atuais ainda estão longe da perfeição, especialmente no que se referem a som e vídeo. Para que se tenha acesso a estes recursos, é necessário clicar sobre uma palavra (ou gráfico), que trará os arquivos de animação ou som. Ao final do download, o  browser chamará um outro aplicativo que esteja no seu computador, capaz de executar o som ou exibir a animação recebida. Isto tudo implica uma certa perda de tempo, que dificultam os recursos de multimídia colocados na página WWW de acompanhar o restante do conteúdo da mesma.
            Percebendo a lacuna tecnológica existente, a Sun Microsystems começou a desenvolver o projeto Java, que consiste em uma linguagem de programação (Java) e em um interpretador (HotJava) que é acoplado a um browser. Reunidas, estas ferramentas trazem para a WWW interatividade em tempo real com recursos de multimídia vistos em títulos de CD-ROM.
            O HotJava tem versões para diversos tipos de plataforma, como Macintosh, diversas implementações de Unix e Windows 95. As primeiras versões do software foram criadas em dezembro de 1994, gerando muita expectativa. Porém o embrião da idéia veio de 1990, quando ainda a WWW era um obscuro projeto desconhecido do grande público.
            Em dezembro de 1994, Java e HotJava foram colocados num arquivo secreto e enviado para um ponto obscuro da Internet. Apenas uns poucos foram convidados a vê-lo. Três meses depois, Mark Andreesen, que já havia criado a Netscape com Jim Clark (que havia saído da Silicon Graphics, empresa que foi fundador), recebeu uma cópia do Java.
            As principais características do browser HotJava são as seguintes:
1.   Execução de Applets - Programas escritos na linguagem Java que são escritos e incluídos dentro de uma página HTML. Estes Applets podem executar uma série de funções como: animação, som etc.;
2.   Segurança - Nenhuma aplicação Java pode modificar qualquer característica do seu sistema;
3.   Multitarefa;
4.   Suporte as principais extensões do Netscape / HTML;
5.   Suporte aos protocolos da Internet: FTP, Gopher, Mail etc.;
6.   Requisição fácil a URL’s;
7.   Documentação on-line.

            O browser HotJava tem sua interface muito similar a maioria dos seus equivalentes tipo Netscape.


9 - Tendências

· HiperMídia - Princípios do HiperTexto em conjunto com os recursos de Multimídia( imagem, som, texto, ... ) impulsionados pelo aparecimento da linguagem JAVA.
·Super Highway - Integração total do mundo através de redes onde cada pessoa poderá em qualquer lugar no mundo acessar a rede em busca de informações.
· Dispositivos de informação sem fio - Elabora pela Medialab, uma sala foi totalmente cabeada para que uma pessoa atenda todas as suas necessidades sem sair de casa. Por ex: a pessoa fala que quer viajar para a Europa e o instrumento computadorizado mais próximo trata de satisfazer o seu desejo. Dias depois, já na Europa, seus óculos escuros enfocam um Palácio. Um dispositivo instalado em sua orelha lhe informa, em poucos segundos, todas as características deste monumento após acessar informações relevantes em bancos de dados externos através da transmissão via satélite. (Http://ttt.www.medialab.mit.edu/)
· Realidade Virtual - Possibilidade de interação entra a Realidade Virtual e a Information SuperHighway. Vários pesquisadores defendem a Realidade Virtual como interface ideal para a Information Highway e prevêem a viabilidade desta ligação já no início do próximo século.
· Acesso à Banco de Dados via Internet - Disponibilização de extensões de acesso a banco de dados( Oracle, Sybase, ODBC, ... ). Para isso, a Sun MicroSystems está desenvolvendo uma ferramenta chamada JDBC que deve estar disponível ao público em meados de Agosto até o final de 1996. Versão Beta 0.9 : Http://www.bulletproof.com
· Distribuição de softwares sob demanda via Internet - Com a progresso da Rede Mundial e consequentemente barateamento dos custos de acessos, não haverá a necessidade de utilização de Hard Disks de alta capacidade em casa e a comercialização de boxes de produtos. A intenção da Sun é que as redes concentrem toda a inteligência (softwares) e ,eventualmente, o disco rígido dos computadores pessoais no futuro. Nesse caso, os micros se tornariam apenas equipamentos periféricos, porque para realizar qualquer coisa eles passariam a depender da existência dos softwares necessários na rede. Esses programas poderiam ser escolhidos entre diversos fornecedores. Na prática, funcionariam assim:
1.   você preparou um texto em espanhol, com seu editor de texto e quer fazer uma correção ortográfica;
2.   seu editor procura na rede o corretor ortográfico adequado;
3.   localizado o programa, ele é trazido para a sua máquina e acionado para executar a correção;
4.   ao final da operação ele é apagado.
          Pelo uso do programa, você pagaria apenas uma pequena taxa para a empresa fornecedora, que poderia ser o fabricante ou um representante dele.
          O uso da linguagem Java muda em profundidade o papel das empresas de software. Elas se tornariam prestadores de serviço on-line. Como a linguagem foi desenvolvida depois do fenômeno do vírus de computador, ela já incorpora elementos de segurança. Por exemplo: uma applet - aplicação escrita em Java que chega ao seu computador pelas páginas WWW - só atua dentro de um diretório vazio; escreve no disco com permissão do usuário e só conversa com o servidor que o entregou ao cliente. Dificilmente um applet será um agente para vírus.


10 - Segurança

A garantia da segurança é um dos processos básicos e prioritários para os usuários de uma rede corporativa e para o sistemas e aplicativos utilizados através desta. Esse processo apoia-se em tecnologias e métodos específicos, com o objetivo de preservar as três propriedades que definem a segurança de uma rede, ou seja, a disponibilidade dos serviços e das informações, a integridade e a confiabilidade.
Devido ao crescente interesse das empresas em se conectar à Internet, atraídas pela possibilidade de usá-la para a expansão dos seus negócios, tem trazido uma série de preocupações, especialmente em relação a segurança dos dados. Nos dias atuais, em que a informação se tornou um bem tão valorizado quanto o próprio patrimônio das organizações, todos querem saber antes de ingressar na Rede Mundial, qual é o grau de proteção para manter suas redes longe de intrusos. Para isso existem produtos no mercado que fazem esta função chamados de FIREWALLS.
Os FIREWALLS atuam como uma “válvula de mão única”, ou seja, os usuários que estão dentro do tráfego original podem sair, mas nenhum tráfego externo pode entrar. Entre os mais confiáveis estão os da IBM e da DIGITAL que são implementados através de Proxy de aplicação e de Gateways de circuitos.


11 - Novidades e Curiosidades

·      Lançamento de um Anti-Vírus ( Web-Scan ) para aplicações na Internet - Este suíte Integra um Browser e protege contra vírus em aplicações de DownLoad e troca de mensagens via correio eletrônico. Custo : R$ 80,00 ( Http://www.compusul.com )
·      HUBS com JAVA integrado - Oferecerá aos Administradores de Rede a Possibilidade de gerenciar sua LAN ou WAN a partir de qualquer lugar do mundo utilizando o hubs como um Web-Server através de um browser. Com isso reduzirá os custos com sua monitoração e as redes ganharão maior segurança ao acessar a Internet.
·      Gateway, fabricado pela Performance Technology, que permite aos usuários de Windows 95, Windows NT e NetWare acessarem a rede mundial sem rodar uma pilha de protocolo TCP / IP paralela em clientes ou servidores. Este produto complementará os roteadores de acesso e os roteadores de Backbone fornecidos pela empresa
·      Lançamento da versão beta do NetScape Navigator Gold que acrescenta funções de edição de páginas Web ao browser. O novo Browser inclui funções de edição que não exigem o conhecimento de comandos HTML, além de uma coleção de modelos e gráficos para ajudar os usuários a projetarem sites Web e também a edição de Java Script. (Http://www.Netscape.com)
·      Frame Relay - Tecnologia que permite a transmissão de dados multimídia em redes de longas distâncias.
·      E-Mail do Bill Gates : Billg@Microsoft.com








12 - Glossário :

E-mail
Permite o envio de mensagens do sistema do usuário para outro usuário da Internet. Sua vantagem é a economia de tempo de conexão, pois você só fica ligado o tempo necessário para transferência de arquivos. Para receber mensagens, o usuário não precisa estar conectado à rede.
Mailing Lists
Sistemas que permitem a combinação dos endereços eletrônicos de vários milhares de usuários da Internet. São freqüentemente usados para discussão de tópicos, publicação de notícias (newletters) ou qualquer outro propósito imaginável (ex.: grupos de usuários de um certo produto de uma dada empresa). Uma mensagem enviada para uma mailing list alcança todos os indivíduos da lista.
Usenet
Rede criada antes da consolidação da Internet, voltada para conferências de interesses acadêmicos. Área da Internet que é organizada em vários milhares de tópicos. Semelhante às mailing lists mas, em geral, utilizáveis através de software diferente.
Telnet
Possibilidade de usar a Internet para ter acesso a um computador remoto para, por exemplo, executar um software neste outro computador.
IRC
Internet Relay Chat - Ferramenta que permite conversar com outras pessoas em qualquer parte do mundo em tempo quase Real através de um servidor.
Archie
Um software utilizado para localizar outros softwares ou arquivos localizados na Internet.
Gopher
Foi a primeira tentativa de se organizar algo na Internet. Ao entrar no Gopher você começa a navegar por uma série de Menus organizados em árvore. Existem vários “sites” de Gopher pelo mundo, cada um com suas opções.
É tanto uma base de dados quanto um software usado para ter acesso à informação.
World Wide Web (WWW)
É uma coleção de páginas de HiperTexto distribuídas pela Internet. Já existem páginas sobre muitos assuntos e a cada dia são criadas outras novas. As páginas contêm textos, imagens, links para outras páginas( em hipertexto ) e às vezes sons e animações.
Link
É a ligação de uma Home-Page para outra. Pode ocorrer em forma de imagens ou palavras em destaque.
Mosaic e NetScape
Dois softwares, de fácil manipulação, que disputam a preferência do mercado para se tornarem as melhores formas do usuário ter acesso a servidores WWW.
Há algumas questões centrais que devem ser lembradas quando se começa a trabalhar com a WWW usando Mosaic ou NetScape. Estes browsers fazem uso de um recurso para localização uniforme chamado URL (Uniform Resource Locator) para definir o endereço de uma determinada página na WWW. Um endereço URL se refere à primeira página (home-page) do espaço reservado na WWW, por exemplo, informações para a divulgação de uma universidade, grupo de pesquisa ou uma empresa. Ao chegar nesta primeira página (basta indicar para Mosaic ou NetScape qual endereço desejado), o usuário encontrará um repositório de informação estruturado como um sistema hipermídia que permitirá que ele navegue pelas informações apenas apontando com o mouse as palavras ou símbolos chave no texto.

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